CHEGA EXIGE MAIS ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO AOS APOIOS SOCIAIS (VIDEO)

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O CHEGA esteve hoje na Norte Crescente, nas Capelas, onde ficou a conhecer as várias valências e projectos da instituição que promove o desenvolvimento integrado e sustentado das oito freguesias da costa Norte de Ponta Delgada onde desenvolve a sua actividade.

Em reunião com o Coordenador Geral da Norte Crescente, Miguel Brás, o deputado José Pacheco realçou o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por aquela Associação de Desenvolvimento Local em prol da dignificação das pessoas e das famílias, trabalhando com os seus técnicos na inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho e conhecendo a realidade de cada família.

“Nós precisamos de conhecer a realidade, não podemos atirar dinheiro para cima dos problemas. Quando falamos em acabar com o Rendimento Social de Inserção é isso que queremos dizer, se conhecermos a realidade de cada um, só mesmo aqueles que precisam é que vão receber”, explicou José Pacheco para quem o trabalho tem de ser feito pelos técnicos, “que estão no terreno e falam com as famílias para se poder separar aqueles que querem trabalhar e os que realmente não querem trabalhar e encaixaram-se no sistema”.

No entanto, reconheceu o parlamentar, são necessários mais apoios, principalmente ao nível de técnicos para que esse trabalho desenvolvido pela Norte Crescente possa ser feito sem sobrecarregar os recursos humanos que se têm desdobrado para acompanhar, visitar e aconselhar as 328 famílias que dependem da instituição, não só ao nível do apoio social.

Neste sentido, José Pacheco reconheceu que vai fazer as diligências necessárias para que a Norte Crescente possa ter ferramentas para executar o trabalho a que se propõe. “A dignificação humana tem de estar acima de tudo. Quando tratamos todos por igual, criamos uma grande desigualdade. Estamos a dizer a quem trabalha que pode ficar em casa sem trabalhar que é igual”, destacou José Pacheco ao acrescentar que instituições como a Norte Crescente “precisam de ser mais apoiadas, de ter mais técnicos. Temos de sair dos gabinetes e fazer trabalho na rua”. Para o deputado “atirar dinheiro para cima dos problemas” nunca foi solução e é necessário haver mais fiscalização e mais técnicos no terreno, até para que não se crie uma injustiça social. “Não consigo explicar a uma pessoa que sai todos os dias com a marmita para ir trabalhar, porque é que o vizinho fica em casa a ganhar o mesmo ou mais. Isto acontece porque ninguém fez esse trabalho, essa triagem” para se perceber quem realmente precisa.

O deputado acredita que o problema tem de ser resolvido na raiz e que o facto de ter baixado o número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção também fica a dever-se à emigração ficando os Açores também com um problema de mão-de-obra. “Não posso admitir que grande mão-de-obra vá para o estrangeiro e, daqui a dias, nós tenhamos de importar mão-de-obra estrangeira a pagar misérias. Onde fica a dignidade humana? Quando não queremos pagar aos de cá, para pagar uma miséria a quem vem de fora, estamos a cometer um atentado aos direitos humanos”, ressalvou o deputado.

A Norte Crescente apresenta respostas nas áreas de apoio social, acompanhamento de jovens em situação de abandono escolar e na rede de ATL’s, acompanha 328 famílias e pretende aumentar o impacto das respostas sociais existentes, tentando também construir novas parcerias para poder aumentar a capacidade de intervenção social.

Ponta Delgada, 14 de Março de 2023
CHEGA I Comunicação