A CULTURA NOS AÇORES NÃO PODE FICAR ESQUECIDA

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José Pacheco saudou ontem os responsáveis pela petição apresentada à Assembleia Regional para a criação de um pólo do Conservatório Regional de Ponta Delgada, reforçando a importância que a música tem na Região.

“No fundo já temos na Região pequenos conservatórios – nas filarmónicas e noutro tipo de associação musical que dá formação – e que até tornam a aprendizagem mais motivante porque os miúdos e graúdos aprendem a tocar, a executar e apresentam-se ao público”, referiu o deputado. No entanto, ressalvou que estes pólos de aprendizagem de música não podem deixar de ser apoiados. “Temos de os acarinhar. Temos de recuperar isso tudo e dentro do que é a vertente pessoal, e enquanto políticos, devemos fazer o cruzamento fundamental que a cultura poderá ter com o turismo”, destacou.

José Pacheco, que lembrou uma visita recente a uma Filarmónica da ilha do Faial, lembrou que são estas, a par dos grupos folclóricos, que fazem animação geralmente aos turistas para dar a conhecer as tradições açorianas. “Temos de acarinhar, mas acarinhar é com dinheiro”, disse enquanto lembrou as dificuldades relatadas pela Sociedade Filarmónica Artista Faialense “ao nível da formação, da manutenção de equipamentos e dos espaços. Isso é fundamental”.

Outra vertente fundamental é a própria divulgação do trabalho desenvolvido pelos aprendizes e aspirantes a músicos, porque “não serve de nada fazer e ninguém ver”.

José Pacheco deixou, por isso, o alerta “para que a cultura não seja esquecida e para que as nossas crianças aprendam também o que é disciplina e compromisso porque quem não ensaia, acaba por não conseguir tocar bem, logo não sai à rua”, destacou já que conhece bem de perto a experiência de um projecto de ensino musical.

Horta, 9 de Março de 2023
CHEGA I Comunicação