O deputado José Pacheco questionou hoje o Governo Regional sobre os programas de apoio previstos em termos de habitação, para as famílias de classe média que não tenham acesso ao crédito bancário. No primeiro dia de Plenário, a propósito de uma sessão de perguntas ao Governo Regional sobre habitação, o CHEGA quis saber quais as soluções para as famílias que não conseguem ter acesso ao crédito para aquisição de habitação própria, questionando se haverá também novos programas para dar resposta a estas famílias.
José Pacheco lembrou que o CHEGA tem recebido queixas constantes de quem não consegue ter acesso a apoios para habitação “porque não sabem como se faz, ou quando pedem dizem que não há, ou quando há é sempre para os mesmos”. Por isso, a realidade açoriana implica que a classe média “continue a viver em casa dos pais porque não tem capacidade para arrendar. Estamos a falar do empobrecimento da classe média e muitos casais não têm capacidade de ir à banca porque muito mudou”, referiu José Pacheco que além deste empobrecimento também apontou o dedo aos bancos “que foram os grandes bandidos desta terra”.
“Os senhores dos bancos facilitavam muito o crédito. Dava-se dinheiro para a casa, para o carro e para uma viagem, sem esquecer das mobílias, e hoje em dia batem à porta das pessoas para pagar a prestação”, referiu.
José Pacheco lembrou que a habitação tem sido uma grande preocupação do CHEGA e fez questão de reforçar que já em Outubro, aquando das negociações para o Orçamento de 2023, questionou o Secretário Regional das Finanças acerca do uso a dar aos 60 milhões do PRR previstos para projectos de habitação. Na altura, o parlamentar questionou a intenção de se ressuscitarem os antigos programas das cooperativas de habitação ou do apoio à auto-construção. “Insisti muito nisso, até porque é uma proposta antiga do PSD”, recordou enquanto apontou estes dois programas como passíveis de ser parte da solução para os jovens casais açorianos.
Horta, 17 de Janeiro de 2023
CHEGA I Comunicação
