SINDICATO DENUNCIA AO CHEGA FALTA DE ABERTURA NAS NEGOCIAÇÕES DE ACORDO COLECTIVO DE TRABALHO NO TURISMO

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O CHEGA esteve hoje reunido com o Sindicato dos Profissionais dos Transportes, Turismo e outros serviços de São Miguel e Santa Maria que denunciou a falta de abertura da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) na negociação do Acordo Colectivo de Trabalho para o sector do turismo.

Trata-se de um sindicato independente, com mais de 50 anos de existência e que representa a maioria dos profissionais do sector, que sempre negociou o Acordo Colectivo de Trabalho até 2019, altura em que a CCIPD passou a negociar apenas com um sindicato. Apesar de ainda vigorar o Acordo Colectivo para os trabalhadores sindicalizados antes de 2019, os novos sindicalizados estão abrangidos pelo Código Geral de Trabalho. Algo que o Sindicato dos Profissionais dos Transportes, Turismo e outros serviços de São Miguel e Santa Maria diz não fazer sentido, uma vez que o sindicato deveria poder negociar um novo Acordo Colectivo de Trabalho para estes novos trabalhadores.

O Presidente do Sindicato, Rui Ferreira, e o Vice-Presidente, António Farias, também transmitiram ao deputado José Pacheco a preocupação com o futuro e com as próximas grandes unidades hoteleiras que deverão abrir em São Miguel no próximo ano, que terão de negociar os contratos de trabalho dos novos trabalhadores.

Outra das preocupações prende-se com a falta de mão-de-obra, defendendo o Sindicato um aumento de ordenados para evitar a importação de trabalhadores. Preocupação que o deputado também comunga, até porque “as empresas não se podem refugiar na imigração, tendo assim mão-de-obra mais barata e em condições que não conhecemos”.

A este nível, o deputado José Pacheco transmitiu aos dirigentes sindicais que “não precisamos de importar mão-de-obra se pagarmos mais a quem trabalha no sector. Temos de começar a pagar mais aos trabalhadores para não haver um grande desequilíbrio, pois quem trabalha há 30 anos no sector ganha quase o mesmo de quem entra agora”, referiu.

José Pacheco entende que tem de deixar de haver “estes grandes desequilíbrios entre os ordenados médios e os ordenados mínimos. Por isso defendemos uma Taxa Única do IRS, porque senão, mesmo com um aumento de ordenado, os trabalhadores vão ganhar menos”, reiterou.

Ponta Delgada, 17 de Novembro de 2022
CHEGA I Comunicação