“NEM TODA A GENTE TEM CAPACIDADE DE TER ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO” DIZ O CHEGA

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O CHEGA entende que devem ser introduzidas medidas para controlo da população de animais de companhia ou errantes – já que há problemas em todas as ilhas com excesso de animais acolhidos em canis e há inclusive problemas de animais errantes atacarem em matilha – pois nem todos têm noção das obrigações que implica ter um animal de estimação.

José Pacheco falava durante a discussão de uma petição para que não fossem introduzidas alterações (propostas pelo Governo Regional) para controlo da população de animais de companhia ou errantes, saudando os peticionários pela iniciativa de cidadania activa, mas criticando o facto de terem enviado “mais de mil emails a todos os deputados da Assembleia Regional, sempre com o mesmo texto”.

O deputado explicou que o problema do excesso de animais “é que nem toda a gente tem capacidade de ter animais de estimação. As pessoas que se batem por esta questão, são as pessoas que sabem o que é ter um animal” e nem todos conseguem ter noção das necessidades que implica ter um animal de estimação.

Aproveitando a discussão, o parlamentar lembrou a campanha do CHEGA para não abandonar os animais de estimação durante o Verão: “os nossos amigos não devem ser abandonados, são um membro da família”.

José Pacheco revelou-se dividido entre duas posições, já que não gosta de ver maltratar os animais, mas também reconhece que há problemas quando as matilhas atacam. “Os seres humanos também fazem parte deste ecossistema e têm de ter uma posição”, referiu ao acrescentar que perante tantos animais abandonados “não podemos arranjar uma solução fofinha”. Até porque, a esterilização é uma medida que já existe, mas também “não é uma solução compatível” com o excesso de população de animais abandonados e errantes.
O parlamentar reconheceu que é contra a morte de animais, “mas sinto-me dividido naquilo que é o sentimento e a razão”.

Após a apresentação da petição, foi apresentada pelo Governo Regional uma segunda alteração ao Decreto Legislativo Regional, que cria o “abate zero”, permitindo medidas de controlo da população de animais de companhia de companhia ou errantes. Uma proposta que foi rejeitada na Assembleia Regional, com a abstenção do deputado do CHEGA que justificou os eu voto referindo que “enquanto a discussão sobre os animais for mais importante que a discussão sobre os homens, em que mais depressa se grita eutanásia para os homens do que dos animais, temos de nos preocupar”.

Horta, 8 de Setembro de 2022
CHEGA I Comunicação