O deputado José Pacheco esteve hoje reunido com a direcção da Associação Agrícola da Ilha Terceira, que manifestou o seu descontentamento quanto ao baixo preço do leite pago à produção. Assumindo que “as indústrias têm de pagar mais pelo leite que é entregue nas fábricas pelos lavradores e que, no fundo, são quem mantém as indústrias em funcionamento”, o parlamentar assumiu que esses baixos preços vão acabar por levar os lavradores a desistir do sector. “Mas, no dia em que acabar a lavoura, vai acabar a paisagem dos Açores tal como a conhecemos”, alertou.
José Pacheco defende que o leite açoriano deve ser cada vez mais valorizado “e não vendido ao desbarato”, já que só assim se consegue também dignificar os lavradores e dar um sinal de confiança aos jovens que desejam integrar o sector. Neste sentido, o parlamentar defendeu a criação de um preço base do leite “que é um bem essencial e, como outros, deveria ser tabelado com um preço mínimo na Região”. Para o CHEGA o preço do leite pago à produção deve reflectir os custos dos factores de produção, que têm vindo a aumentar, e deve também permitir que as explorações consigam ser viáveis e rentáveis.
O parlamentar lembrou que há um ano o CHEGA defendeu uma subida de 10 cêntimos por litro de leite pago ao produtor, “mas na altura disseram que era impossível. Mas agora, não é impossível este aumento. As indústrias precisam dos lavradores para terem leite e para não terem de fechar portas e só dignificando quem trabalha nesta actividade dura é que se evita que isso aconteça”.
Da Associação Agrícola da Ilha Terceira, José Pacheco ouviu ainda queixas em relação a atrasos na aprovação de projectos de investimentos e nos pedidos de pagamento, por parte das entidades oficiais, e também relativamente às canadas de servidão das explorações que estão a ficar ao abandono por falta de limpeza e manutenção.
Angra do Heroísmo, 23 de Junho de 2022
CHEGA I Comunicação