COMISSÃO EUROPEIA VEM DAR RAZÃO AO CHEGA QUANTO AO PLANO DE REESTRUTURAÇÃO DA SATA

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A Comissão Europeia aprovou hoje o plano de reestruturação da SATA, mas não sem antes deixar alguns alertas para a efectiva reorganização da companhia aérea açoriana, tal como o CHEGA vem defendendo ao longo do tempo.

O deputado José Pacheco esteve hoje no Palácio da Conceição, onde reuniu a pedido do Presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, para conhecer o plano de reestruturação da SATA “que já está com seis meses de atraso” e que vai permitir uma ajuda estatal no valor de 453,35 milhões de euros em empréstimos e garantias.

“Um plano é um plano e só é bom quando resulta”, referiu o parlamentar ao lembrar que, apesar de aprovado este auxílio estatal, Bruxelas deu “um grande puxão de orelhas” à companhia aérea “que foi necessário para se pôr as contas da SATA na ordem, mas que não paga a dívida que é astronómica”.

O CHEGA mantém a posição que tem vindo a defender para a SATA, “de se separar a Azores Airlines da SATA Air Açores; de se acabar com as rotas deficitárias; e que não haja mais dinheiro para a SATA Azores Airlines – que são tudo imposições da Comissão Europeia”.

José Pacheco lembrou que o CHEGA “não inventou esta fórmula. No fundo, o bom senso de largas dezenas de anos de má gestão da SATA, assim o dizia”. Além disso, o parlamentar ressalvou que é necessário perceber que a SATA compreende duas companhias aéreas: “a SATA Air Açores, que temos de manter e defender porque é a nossa ligação entre todas as ilhas” e a SATA Azores Airlines “com a qual se andou a brincar durante anos e que dá um enorme prejuízo, que já ultrapassa os 500 milhões de euros”.

Uma situação que para José Pacheco não faz sentido “numa região pobre como os Açores, onde há pessoas a ganhar 200 euros por mês”, descartando que se continuem a colocar largos milhões de euros na empresa que faz as ligações dos Açores com o exterior.

O plano de reestruturação da SATA, que agora foi aprovado por Bruxelas, implica empréstimos directos de 144,5 milhões de euros e a assunção de dívida no valor de 173,8 milhões de euros – que serão convertidos em capital próprio – e garantias estatais de 135 milhões de euros que serão concedidas até 2028.

Ponta Delgada, 7 de Junho de 2022
CHEGA I Comunicação