CHEGA DEFENDE UNIÃO DOS AÇORES E DA MADEIRA POR UMA AUTONOMIA MAIS SÓLIDA

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Numa sessão de apresentação de cumprimentos ao Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, o deputado do CHEGA nos Açores, José Pacheco, reforçou que as duas regiões “devem começar a caminhar no mesmo sentido, unidas”, para um aprofundamento da Autonomia.

José Pacheco referiu que “as questões partidárias e ideológicas têm de ficar de lado, em prol do bem comum”, nomeadamente ao nível do aprofundamento das “singularidades” dos dois arquipélagos. “Isso é muito importante, porque quem está longe nem sempre compreende o que é ser ilhéu e viver nos Açores ou na Madeira”, salientou.

Para o parlamentar açoriano, apesar de duas regiões “ligeiramente diferentes”, há pontos em comum que devem ser alcançados referindo-se à necessidade de “uma Autonomia mais sólida, mais açoriana e mais madeirense”, mas também ao “acordo de Finanças Regionais com a República”. A extinção do cargo de Representante da República assim como a área da segurança, do espaço aéreo e do mar, são alguns dos pontos que o CHEGA acredita que terão de depender mais das Regiões Autónomas e não da República. “Queremos ser cada vez mais donos do que é nosso, com respeito pela integridade do território, mas queremos ser nós a ter voz e não apanharmos as migalhas que vão caindo da mesa”, alertou.

Mas, unidos, os dois arquipélagos também podem beneficiar de aprendizagens comuns. “Temos muitas lições a aprender com os madeirenses e os madeirenses também podem aprender com os açorianos. E temos de saber comunicar e transmitir esta sabedoria – nomeadamente ao nível do turismo, onde os Açores só agora começam a ter uma afluência turística mais significativa, mas temos de ter cuidado com as massificações. Podemos aprender com o bom da Madeira e os erros que foram feitos”, reflectiu.

José Pacheco, que além de deputado pelo CHEGA na Assembleia Legislativa Regional dos Açores também é Vice-Presidente nacional do partido, acredita que tem ajudado o CHEGA a “ver os Açores e a Madeira de forma diferente do que via há três anos, quando foi fundado”, já que tem assumido uma postura “sem mordaças e de compromisso” com os açorianos. “Penso que os sinais que temos dado ao país, ensinam o CHEGA e também os outros partidos, que nestes cantinhos do paraíso – que são os Açores e a Madeira – há coisas que temos e que podemos ensinar”, assinalou.

José Pacheco rejeitou, no entanto, que o CHEGA seja um partido de extrema-direita, preferindo assumir que “seja chamado de extrema necessidade ou de extrema importância. Extrema-direita é um chavão que construíram, mas, não podemos continuar neste caminho destrutivo para onde a esquerda nos empurrou. Esta factura já começámos a pagar. O povo português, principalmente açorianos e madeirenses, têm de perceber se é isso que querem para os seus filhos e netos”.

O deputado do CHEGA concluiu que “não fazemos retrocessos ideológicos, temos de escrever uma nova história que passe pelos valores essenciais do nosso Povo Português. E o que assenta na fundação do nosso País e das nossas Ilhas não assenta em meros caprichos de minorias que querem passar a ser maioria”.

Funchal, 18 de Março de 2022
CHEGA I Comunicação