O deputado do CHEGA, José Pacheco, defende que os apoios comunitários previstos no âmbito do Programa Operacional – Açores 2030 devem servir para melhorar a vida das famílias açorianas mas também das empresas, principalmente das mais pequenas.
José Pacheco falava no final de uma audiência com o Presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, no âmbito do processo de auscultação sobre o Programa Operacional dos Açores – Açores 2030, onde referiu que as pequenas empresas regionais “têm tido grande dificuldade porque não sabem aceder aos fundos comunitários”. Neste sentido, entende que a função do estado é, também, de trabalhar em termos pedagógicos “para que os pequenos empresários possam aceder aos fundos comunitários”.
O deputado do CHEGA alertou, contudo, que “os subsídios não podem servir como no passado, em que se utiliza o subsídio, e este quando acaba a empresa fecha e os trabalhadores são despedidos. Achamos que os subsídios podem ter uma função para alavancagem, para começo, mas depois, as empresas têm de continuar. Não podemos continuar com esta mentalidade comunista – que não tem outro nome – de fazermos a absorção do subsídio e quando acabar, acabou. Os Açores têm de fazer esta viragem”.
A propósito de fundos comunitários, José Pacheco criticou o facto de “70% ou mais do dinheiro ficar dentro do Estado e o Estado faz o que quer com o dinheiro. A verdade é que os Açores continuam a ser a região mais pobre de Portugal, o que é sinal de que os fundos comunitários foram muito mal aplicados” e acrescentou que “as pessoas têm de abandonar definitivamente a pobreza. A pobreza tem de ficar para trás e temos condições para isso”.
Por isso defende que “não podemos continuar a atirar dinheiro para cima dos problemas. Atirar dinheiro para cima de um problema é não resolver o problema, é adiar o problema” e deu o exemplo da lavoura em que “se andou a atirar milhões e milhões e agora temos uma lavoura num caos”. Referindo que a solução, na lavoura, passa “por se criarem regras que têm de ser estudadas com todos os parceiros: produtores, indústria e a distribuição”.
Na reunião com o Presidente do Governo Regional também foram abordadas questões relacionadas com turismo, pescas, educação e cultura. “Insisti muito junto do Presidente do Governo Regional na questão cultural – seja cultural educacional, seja da própria cultura e da junção ao turismo”, explicou. José Pacheco falou na necessidade de se ocuparem os jovens açorianos perante o “problema de toxicodependência que está a disparar com o fenómeno das novas drogas sintéticas, que entram a preços muito baixos nos Açores”. Para travar esta batalha “que estamos a perder”, o deputado do CHEGA entende que tem de se apostar na prevenção. “O Governo Regional, tem de apostar no desporto e na cultura, no turismo e na economia”, sem esquecer que quem visita os Açores também tem de inteirar-se das iniciativas culturais que ocorrem na região. “Temos de pôr as nossas filarmónicas na rua, de pôr os nossos grupos de teatro, que já desapareceram, novamente a funcionar. Temos de cativar os jovens, de levar a cultura às escolas. Isso é educação. Quem não pensa assim, não está a fazer bem o seu trabalho e se soubermos fazer toda esta ligação, vamos ganhar esta guerra contra a toxicodependência”, concluiu.
Ponta Delgada, 1 de Fevereiro de 2022
CHEGA I Comunicação