POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E UM SISTEMA SEM PRIVILÉGIOS, COMPADRIOS E CORRUPÇÃO (VIDEO)

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DECLARAÇÃO POLÍTICA
DEPUTADO DO CHEGA AÇORES – JOSÉ PACHECO

POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E UM SISTEMA
SEM PRIVILÉGIOS, COMPADRIOS E CORRUPÇÃO

Senhor Presidente da Assembleia
Senhoras e Senhores Deputados
Sr. Presidente e Sr. Vice-presidente do Governo,
Senhoras e Senhores membros do Governo
Inicia-se um novo ano em que o pensamento de todos nós evoca uma nova esperança para uma vida mais justa e um país mais próspero, moderno e progressista.
A amplitude da legitimidade democrática permite-nos elevar a nossa vontade em forma de descontentamento, protesto e até mesmo de revolta quando a verdade da democracia esbarra no fundamentalismo sustentado por clientelismos, por um sistema que privilegia somente os direitos e esquece os deveres e onde a ética e os valores morais e sociais são retirados em abono de troca de favores, de lugares e de tráfico de influências.
O nosso sistema está podre devido a uma galopante e intoxicante desinformação, que não tem outro propósito que não seja subverter a verdade democrática, a verdade dos factos e a verdadeira realidade do país.
Denunciar os esquemas corruptos, as injustiças, os interesses camuflados e repor a estabilidade social e económica é o bastante para o sistema amaldiçoar e radicalizar, na narrativa do discurso fácil, a vontade de muitos na voz de outros tantos, projectando o seu verdadeiro legado na casa alheia.
O discurso do medo, a disseminação da ideia de catástrofe e da ruína da paz social, constituem argumentos mentirosos, utilizados por quem não quer uma verdadeira democracia.
Nós não temos medo. O CHEGA não tem medo. Na verdade, somos de facto o Apocalipse, mas o Apocalipse deste sistema caótico, viciado e instalado sempre com os mesmos.
Nós não temos mostrado, temos sim demonstrado a razão da nossa existência. Ao que vimos e o que queremos fazer na defesa de uma sociedade justa, de um sistema sem privilégios, sem corrupção e, sobretudo, de um sistema que privilegie o mérito e aqueles que trabalham, contrariando desta forma os defensores de um povo manipulado, desinformado e amarrado a ciclos de pobreza propositadamente criados para eternizar a manutenção de um eleitorado de mão estendida.
No CHEGA não lutamos contra os ricos, lutamos sim, com todas as nossas forças, para acabar com a pobreza criada por este sistema. Lutamos para devolver a justiça social a quem de direito.
Lutamos, defendemos e erguemos um propósito inequívoco no combate à corrupção, na valorização de quem trabalha, na igualdade de oportunidades económicas e financeiras, no emagrecimento da despesa pública e consequente esbanjamento de dinheiros na máquina governativa.
Lutamos para que sejam implementadas políticas de protecção e incentivo aos que, em condições precárias, preservam a ordem pública.
Lutamos contra um modelo de impostos em que o cidadão honesto paga para quem nada quer fazer.
Defendemos uma sociedade assente na criação de riqueza por via da produtividade.
Erguemos a bandeira da transparência no combate aos interesses instalados.
Senhor Presidente da Assembleia
Senhoras e Senhores Deputados
Sr. Presidente e Sr. Vice-presidente do Governo,
Senhoras e Senhores membros do Governo
Não somos contra o regime, estamos é contra este sistema de compadrio que passou a ser moda e prática comum. Estamos contra este estado de coisas e este sistema onde o poder promove a corrupção, a injustiça e a pobreza.
Não somos donos da verdade, somos sim o porta-voz dessa verdade e da triste realidade em que os portugueses vivem. Uma voz que faz tremer o sistema.
Todos os que não se deixam manipular.
Todos os esclarecidos e informados.
Todos os que vivem sufocados com impostos sobre o seu trabalho.
Todos os que percebem que estes senhores do sistema não têm argumentos para combater a realidade dos factos e que, num acto de desespero, encontram a escapatória num catálogo bolorento, que tem como objectivo manipular os mais frágeis, têm agora o antidoto para combater este estado de coisas: o CHEGA!
Esta é a situação: os que manipulam o sistema, tentam esconder a verdade atribuindo ao CHEGA o rótulo de partido da extrema-direita.
É o que o sistema faz, não discute propostas nem ouve as dificuldades do povo, prefere abraçar a demagogia.
Pois minhas senhoras e meus senhores, que assim seja! Se para os senhores do sistema defender justiça social, defender quem trabalha, defender quem garanta a nossa segurança, condenar a corrupção e os interesses instalados é ser da extrema-direita ou aquilo que os senhores mais gostarem, pouco nos importa.
O que nos importa é aquilo que os portugueses proclamam e nos dão a honra de podermos estar aqui hoje a dar-lhes voz.
Mas podem ficar cientes – os senhores do sistema – porque com extrema ou sem extrema, os senhores vão tremer e vamos espremer-vos até que os interesses dos cidadãos estejam em primeiro lugar e não os vossos.
Senhor Presidente da Assembleia
Senhoras e Senhores Deputados
Sr. Presidente e Sr. Vice-presidente do Governo,
Senhoras e Senhores membros do Governo
Vamos então ao exercício prático dos resultados alcançados no âmbito do interesse colectivo.
É que o CHEGA Açores tem sido alvo de menções deturpadas – que era de esperar neste sistema em que vivemos e, sobretudo, neste período de pré-campanha – que importa repor a verdade.
O CHEGA Açores, a par de outras forças políticas na Região Autónoma dos Açores, entendeu, a bem do interesse dos Açorianos, retirar a esquerda de uma governação desastrosa e que já se prolongava há 24 anos.
Foram 24 anos a sacrificar quem trabalha e a privilegiar quem nada quis fazer.
O resultado dessa governação da kanhota foi a promoção de uma pobreza gigantesca, de desigualdades terríveis e um aprofundamento não da autonomia, mas sim do clientelismo.
O CHEGA Açores, após as eleições de 2020, entendeu abordar a estabilidade governativa num processo plural e de centralidade no parlamento, consensualizando as melhores políticas para o desenvolvimento dos Açores.
O CHEGA, para além do papel fiscalizador que assume no parlamento, também, introduziu condições para que esta estabilidade se possa manter, dando expressão às suas promessas eleitorais.
Não virámos as costas a ninguém e assumimos os nossos compromissos com todos, colocando de parte os interesses individuais.
Entre outros compromissos assumidos tais como o aumento das pensões e a criação do Gabinete anticorrupção, o CHEGA defendeu a redução do Rendimento Social de Inserção por via de uma muito maior fiscalização.
Para que as extrapolações não se imponham à verdade, o RSI nos Açores, de acordo com os dados mais recentes, diminuiu 10% em 2021.
Na verdade, e assente naquilo que defendemos, a Lei não foi alterada meus senhores, não houve mães monoparentais, domésticas ou famílias desfavorecidas penalizadas.
Esta redução da atribuição do RSI deveu-se, apenas, a uma suposta maior fiscalização, como defendemos.
Este facto só veio provar que existem muitas irregularidades no âmbito da atribuição do RSI.
Muitos recebiam e recebem irregularmente estes apoios a que não têm direito.
Este pequeno grande exemplo é a prova, clara e inequívoca, que o CHEGA age pelos princípios da justiça e transparência na aplicação dos dinheiros públicos que são fruto dos impostos de quem trabalha.
Roma e Pavia não se fizeram num dia, mas também dormir na sombra da bananeira não será o caminho e aqui estaremos para sacudir quem optar por adormecer nos compromissos assumidos para um melhor desenvolvimento sustentável nos Açores.
O CHEGA tem estado, e estará sempre, atento ao caminho a seguir sem abdicar do superior interesse dos Açorianos na luta por uma melhor justiça, no combate à corrupção, na eliminação dos clientelismos, na valorização de quem trabalha e no apoio a quem muito já contribuiu para as gerações mais novas.

Disse!

O deputado
José Pacheco

Horta, 11 de Janeiro de 2022