O deputado do CHEGA considerou, hoje, na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, que o projecto de resolução, apresentado aos deputados no Parlamento, que prevê uma campanha institucional de promoção dos Açores em parceria com as empresas de lacticínios é um “insulto à lavoura” dos Açores.
Intervindo a propósito do debate da proposta em causa, José Pacheco recordou que o problema do preço do leite pago aos produtores não é novo, sendo uma reivindicação já muito antiga e que assenta na desvalorização de um produto açoriano de grande qualidade como é o caso do leite dos Açores e dos seus derivados.
Uma desvalorização que o deputado entende que “tem sido ignorada e que apenas tem sido subsidiada, não indo ao encontro do que realmente necessitam os lavradores. A verdade é que esta proposta não resolve nem o problema dos lavradores, nem um melhor turismo para os Açores”, advertiu.
A este respeito, José Pacheco questionou o Secretário da Agricultura para entender para onde vai o investimento a executar nesta proposta. Como disse, “se são os lavradores que reclamam falta de rendimentos, como é que se pode colocar dinheiros públicos na indústria?”, frisando que, deste modo, “a indústria vai, novamente, absorver o dinheiro dos contribuintes açorianos, sob o pretexto de uma falsa promoção turística dos Açores, indo o dinheiro, uma vez mais, para os mesmos e ficando os lavradores de mãos a abanar, sem ganharem nada”, observou.
Por outro lado, no que toca à promoção do destino Açores, o deputado considerou que se esta promoção for em pacotes de leite, “pois com o CHEGA não contem”, disse, acrescentado que “a promoção dos Açores tem que ter targets, tem que se perceber que tipo de turista queremos e para onde vão. Não podemos ter, nem precisamos, de turismo de massas, mas sim de turismo de qualidade”.
Para o parlamentar, “o turismo de massas pode ser interessante no primeiro dia, mas para termos turistas para o prato do dia, garantidamente, não vamos ter sucesso”.
No entender do CHEGA “não é este o caminho que devemos seguir, sendo que a proposta em causa é um insulto à lavoura dos Açores”, garantiu.
Ainda no âmbito da mesma discussão, José Pacheco usou da figura do voto de protesto, para indicar que não pode admitir no Parlamento “falsidade, mentira e difamação” referindo-se a declarações do deputado independente que, justificou, “me insultou e insulta todos os lavradores açorianos com a proposta em causa”, finalizou.
Horta, 16 de Dezembro de 2021
CHEGA I Comunicação