O deputado do CHEGA recordou, esta tarde, na Assembleia Legislativa Regional dos Açores que, apesar da palavra ser recente, o bullying já é uma prática muito antiga, tendo surgido agora o cyberbullying.
Intervindo na discussão a propósito da criação do ‘Programa Regional de Prevenção e Combate ao Bullying e Cyberbullying’, José Pacheco considerou o “bullying uma cobardia e o cyberbullying uma reles cobardia” porque, disse, “atrás de um teclado todos são muito fortes”.
No entender do parlamentar, lamentavelmente, o bullying é uma prática que sempre existiu, acreditando que “dificilmente deixará de existir, porque sempre acompanhado dos seus parceiros, o bullying irá continuar a atacar os mais fracos, por alguém que se considera mais forte, o que é de uma injustiça muito grande”, advertiu.
Ainda assim, José Pacheco entende que é preciso, “continuamente, fazer algo para minimizar este problema”, reconhecendo que “algum trabalho já tem sido feito contra esta violência e humilhação”.
Para o deputado do CHEGA, “o combate ao bullying é um trabalho que tem que começar na casa de cada um, enquanto o combate ao cyberbullying tem que ser muito mais agressivo, com legislação mais eficaz e que não permita que qualquer pessoa, atrás de um teclado, possa difamar o próximo e sair impune sem qualquer consequência”, até porque referiu, “ninguém está anónimo no mundo virtual, absolutamente ninguém, e quem achar que está anónimo está muito enganado”.
A par do trabalho que o deputado entende que deve ser feito em casa entre pais e filhos, também “os professores precisam de ser libertados do trabalho burocrático, para poderem estar despertos para os sinais que advêm destas práticas”, referiu.
Recordando um dos temas em debate nesta sessão plenária, José Pacheco frisou que ao nível de saúde mental, “pois, para os casos mais complicados, que se aplique o necessário”, advertindo que “para o bullying e cyberbullying não há comprimidos”, defendendo, por isso, a necessidade de se falar no assunto nas escolas, “com mais auxiliares motivados e até com alguma formação na área, para se evitar que uma criança se sinta fragilizada por outras crianças com falta de educação e que vão com as suas frustrações para cima de pessoas que estão na escola para estudar e não para serem humilhadas e agredidas”.
Do mesmo modo, o deputado defende que quanto ao cyberbullying que “se faça justiça e que estas pessoas sejam severamente penalizadas, porque destes não tenho qualquer pena”, concluiu.
Horta, 15 de Dezembro de 2021