O CHEGA voltou a insistir, hoje, com o Governo Regional que é necessário a adopção de uma estratégia eficaz de combate à pobreza e que tem de passar, obrigatoriamente, por uma fiscalização mais efectiva aos beneficiários do RSI, sob pena de, no futuro, o CHEGA poder vir a deixar de apoiar a actual solução governativa.
Durante a audição do Vice-Presidente do Governo Regional, no âmbito da apresentação das Propostas do Plano Regional Anual e do Orçamento da Região Autónoma dos Açores para 2022, o deputado José Pacheco recordou que a redução do número de beneficiários do RSI nos Açores faz parte do acordo que o CHEGA tem com o Executivo, sendo, por isso, uma matéria que estará sempre na ordem do dia até que se vejam resultados práticos.
Para o parlamentar, estas acções inspectivas servirão não só para averiguar quem, efectivamente, precisa deste apoio mas, essencialmente, para identificar quem não precisa deste rendimento, podendo esta verba ser reencaminhada para os que verdadeiramente dela precisam.
“A prova de que o CHEGA tem razão está nas 139 irregularidades detectadas pelo Governo Regional em 195 Rendimentos Sociais investigados e que levaram à cessação desta prestação social ou à revisão da mesma, alterando-se os respectivos valores”, disse José Pacheco.
Neste sentido, avançou, “precisamos de mais inspectores no terreno”, adiantando que, claramente, “os existentes são manifestamente insuficientes”.
“Esta é uma matéria que o CHEGA não vai abrir mão”, avisou o parlamentar, adiantando que irá apresentar uma Proposta na Assembleia Legislativa Regional tendo em vista aumentar as equipas inspectivas no terreno.
Por outro lado, recorda o deputado, “com a redução do número de beneficiários, estaremos a combater os falsos pobres e alguma economia paralela e, ao mesmo tempo, a contribuir para a redução da falta de mão-de-obra em alguns sectores como o agrícola, pescas, construção civil, hotelaria e restauração, entre outros”.
Ponta Delgada, 4 de Novembro de 2021
CHEGA | Comunicação