Quando mais de 71% dos casos apresentam irregularidades, num universo de apenas 195 casos analisados, ficamos todos a pensar o quanto não haverá de irregularidades não detectadas, escondidas pela esperteza de quem já aprendeu a dar a volta ao sistema.
Todos sabem, todos falam, todos criticam, mas a verdade é que poucos são aqueles que têm a coragem de dizer que o RSI tem de acabar. Sendo uma mediada transitória, não se compreende como já vai passando de avôs para netos, não se compreende que haja quem tenha um rendimento superior a 3 mil euros mensais sem haver uma rigorosa fiscalização. O que andam a fazer as assistentes sociais? Fecharam-se nos gabinetes?
Colocaram dentro do mesmo saco todos os necessitados, quer fossem aqueles que realmente precisam, quer aqueles que precisam mesmo é de ir à procura de trabalho. Transformou-se o RSI numa “vaca sagrada”, um tabu que todos temem mexer não vão os votos fugir pela porta fora.
A esquerda refugia-se na numa falsa “misericórdia” para com os pobres, mas na verdade usaram as pessoas como instrumentos políticos e até mesmo desconhecem a realidade do terreno, até lhes dá jeito que assim seja. Esta nova governação avança a passos lentos, muito lentos, se bem que ao menos avança, só resta saber em que sentido e com que eficácia.
As pessoas de bem, que lutam diariamente para por o pão na mesa, são esquecidas, agredidas com impostos, taxas e taxinhas, vendo a seu lado o riso de escárnio de quem usa e abusa do sistema que os políticos criaram para um gritante desequilíbrio social. A dignidade humana anda pelas ruas da amargura quando uns trabalham arduamente para que outros nada façam alegremente.
Não se compreende que haja tanta falta de mão-de-obra na construção civil ou agricultura, por exemplo, e continue o estado a sustentar esta malandrice descarada. Chega!
José Pacheco
Deputado do Chega nos Açores
Fonte da notícia: Jornal Açores 9
