O Mundo Rural dos Açores, quer seja ao nível do Património, das Pessoas ou da Cultura não pode continuar a ser esquecido. A ideia foi defendida hoje pelo deputado do Chega, José Pacheco, durante uma audição na Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, a propósito de uma petição pela Defesa do Património Rural dos Açores.
O parlamentar considerou que não se pode fingir que o património rural dos Açores está a ser bem defendido, porque, “virtualmente, fazer um postal muito bonito, não torna viva aquela imagem é, digamos, um bezerro empalhado. Não precisamos de cultura empalhada ou embalsamada, mas sim de cultura viva”, frisou.
Para José Pacheco, “o património arquitectónico da Região está completamente desprezado e aqui não me refiro às igrejas. Há muito património, como é o caso, por exemplo, de alguns muros de pedra seca que vão sendo abandonados, bem como as calçadas tradicionais que também estão a desaparecer”, disse.
De acordo com o Chega, a modernidade tem de saber viver com a tradição, adiantando que “ser conservador não é andar para trás, mas sim andar para a frente sabendo aproveitar o muito do bom património rural que ainda temos”.
A este respeito, José Pacheco recordou ainda a importância de se fixar as pessoas nas zonas rurais, frisando que “o Chega tem defendido, repetidas vezes, que é preciso fixar os jovens nas zonas rurais, permitindo também às pessoas que vivem nestas localidades terem qualidade de vida e alegria”. Neste sentido, alertou, é imperioso que se recupere “todo o nosso património cultural que, aos poucos, vai desaparecendo, e só vai ficando aquilo que recordamos”, concluiu.
Ponta Delgada, 5 de Maio de 2021
CHEGA I Comunicação