CHEGA EXIGE COM URGÊNCIA PROGRAMA DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA ÀS TOXICODEPENDÊNCIAS

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Reconhecendo que o combate às toxicodependências é um problema transversal a toda a sociedade, o CHEGA Açores defende que “o combate às toxicodependências não se faz no fim da linha, mas sim no princípio”, exigindo que o Governo Regional dos Açores tome uma atitude nesta matéria e que avance, com urgência, com um programa de prevenção primária, como já parece ser vontade governativa, que vise combater o problema das toxicodependências nos Açores. Para o deputado José Pacheco, uma das soluções para este flagelo está, acima de tudo, “na prevenção”, lembrando que o CHEGA Açores tem defendido isso repetidas vezes.
Intervindo na Comissão de Assuntos Sociais, que ouviu em audiência o Secretário Regional da Saúde de Desporto a propósito da inclusão das novas substâncias psicoactivas no regime jurídico aplicável ao tráfico e consumo de estupefacientes e substâncias psicotrópicas, o deputado do CHEGA frisou que “durante décadas tem se visto a serem prometidos programas e campanhas de prevenção primárias”, contudo, avança, “a verdade é que o anterior governo socialista, nesta matéria, nada fez. Vão-se fazendo remendos e se aplicando pensos rápidos, mas a verdade é que não se tem feito absolutamente nada e os resultados estão à vista com as estatísticas a mostrarem que o consumo e o tráfico de estupefacientes continuam a aumentar nos Açores”, alertou.
Para o CHEGA Açores, os números dos consumos e tráfico de estupefacientes na Região são alarmantes, frisando que se trata “de um problema grave que merece toda a atenção”. Para José Pacheco, não é admissível que se continue “a sobrecarregar as forças de segurança simplesmente porque não estamos a fazer o nosso trabalho que está, essencialmente, na prevenção e em estimular estilos de vida saudáveis, como o desporto, a cultura, etc.”, disse.
Para o parlamentar é “urgente passar das palavras aos actos”, assegurando que o CHEGA Açores “está nesta missão e disponibiliza-se para colaborar, para também dar o seu contributo e ser um agente activo na construção do combate a este flagelo”.
José Pacheco chama a atenção para não se perder nem mais um dia na procura de soluções para este problema e colocar, o quanto antes, em marcha um programa multidisciplinar de prevenção primária contra as toxicodependências. “Estamos a falar de um problema de saúde pública e um problema social. São muitas famílias a sofrerem deste mal, são muitas escolas que já se veem confrontadas com este problema dentro de portas, são muitos pais que sofrem diariamente e muitos amigos que sofrem deste mal”, comentou o deputado do CHEGA.
José Pacheco lançou o desafio ao Secretário Regional da Saúde de Desporto para que se coloque um ponto final a este problema, revelando que, na altura devida, dar-se-á “o mérito a quem colocar em execução um programa eficaz que seja capaz de combater as toxicodependências na Região”.
O deputado frisou que o CHEGA “não vai dar o mérito a quem colocou areia na engrenagem e destruiu um programa que tinha tudo para dar certo mas nunca saiu das secretarias do anterior governo socialista por más decisões políticas”, advertindo que “as más decisões políticas não se podem sobrepor àquilo que é uma urgência da nossa sociedade. Vamos dar esse passo em frente”, desafiou o deputado. “Precisamos de um programa multidisciplinar de prevenção primária contra as toxicodependências, que envolva vários departamentos do Governo e todos os grupos parlamentares e que identifique quais são os agentes prioritários de intervenção e que indique quais os caminhos a seguir no combate a este tão grave problema de saúde pública”.
O CHEGA alertou ainda Clélio Meneses para que não se voltem a cometer os erros do passado, deixando os projectos nas gavetas dos gabinetes. “Vi serem criados muitos protocolos, inclusive com Juntas de Freguesia e outras instituições que acabaram por não ter qualquer resultado prático, que resultaram somente numa perca de tempo e apenas serviram para justificar o ordenado de alguns técnicos. Este tipo de comportamento tem que acabar”, asseverou José Pacheco, garantindo que “não há protocolos eficazes se não houver acção e o CHEGA está pronto para ir para o terreno trabalhar neste sentido”, afiançou o deputado José Pacheco.

Ponta Delgada, 18 de Março de 2021