A saúde não pode ser encarada como um custo, mas tem de ser vista como um investimento na melhoria da qualidade de vida dos Açorianos. Neste sentido, é preciso haver estratégia e planeamento, em articulação entre as várias áreas da saúde e a tutela, acompanhado de orçamento correspondente.
Foi neste âmbito que decorreu a reunião dos deputados do CHEGA Açores com o Conselho de Administração do Centro de Saúde de Vila do Porto que, apesar de demissionário, apresentou o trabalho que tem feito desde Janeiro de 2022. Aos deputados, o Conselho de Administração do Centro de Saúde indicou que conseguiu recuperar as dívidas a fornecedores, bem como as listas de espera e até aumentar a produção médica e assistencial.
No último dia de Jornadas Parlamentares em Santa Maria, os responsáveis manifestaram, contudo, preocupação face aos incentivos para fixação de pessoal médico. Nomeadamente, face à recente actualização dos incentivos que majorou as ilhas Graciosa e Flores, deixando de fora a ilha de Santa Maria.
Há ainda uma preocupação perante a portaria que regula a deslocação de médicos especialistas às ilhas sem hospital, que imputa aos Centros de Saúde uma responsabilidade financeira que deve pertencer aos hospitais.
Na reunião, o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, indicou a importância de projectar a saúde “a pensar no futuro”, tendo também em consideração a evolução tecnológica e as necessidades de cada ilha.
“Falta, muitas vezes, planeamento e as decisões políticas são tomadas de forma apressada e para socorrer o dia-a-dia. O CHEGA entende que deve haver estratégia e planeamento numa área essencial como a saúde”, explicou José Pacheco.
O CHEGA defende que, tal como noutras profissões, é preciso criar outros incentivos para atrair mais pessoal médico para a ilha de Santa Maria, tendo sempre em atenção que é necessário actualizar as verbas orçamentais consoante o aumento de despesas de cada unidade de saúde.
Vila do Porto, 28 de Agosto de 2024
CHEGA I Comunicação