O deputado José Pacheco não vai acompanhar a visita oficial do Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que se desloca à Região de 1 a 4 de Novembro, na sequência do convite feito pelo Presidente da Assembleia Legislativa Regional, Luís Garcia.
Esta tomada de posição do deputado José Pacheco é uma forma de protesto pelo modo como o Presidente da Assembleia da República tem tratado o Grupo Parlamentar do CHEGA a nível nacional.
Para o deputado e líder do CHEGA-Açores, a postura de Augusto Santos Silva para com um partido eleito democraticamente, e que é a terceira força política do país, “é uma afronta à Democracia. Não posso pactuar com situações de censura, de desrespeito e até de ofensas que têm acontecido na casa da Democracia”.
José Pacheco afirma, aproveitando declarações já proferidas por Augusto Santos Silva a propósito do CHEGA, que “não quero uma nódoa no meu currículo estando presente numa recepção a tal figura”.
O parlamentar, e o partido que representa, sublinha que o cargo de Presidente da Assembleia da República “é a segunda figura do Estado. Tenho o maior respeito institucional pelo cargo, assim como o meu partido. Só não temos o mesmo respeito pela pessoa que ocupa tão importante cargo institucional”, refere. José Pacheco reforça que o CHEGA é “um partido democrático e respeitador das instituições, mas que sabe diferenciar quem nos respeita e quem nos insulta constantemente”, disse.
O deputado tem fortes dúvidas que esta visita oficial sirva para estreitar relações entre a Região e a República, tal como as deslocações oficiais de deputados regionais à Assembleia da República não surtiram efeito. José Pacheco recorda a última deslocação da Comissão Eventual para o Aprofundamento da Autonomia – da qual faz parte – à Assembleia da República, para apresentar à Comissão da Revisão Constitucional o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos Açores, “mas foi-nos dito que, o que íamos lá fazer, valia zero. Senti-me insultado enquanto Açoriano e enquanto deputado da Assembleia Regional”.
De igual modo, entende José Pacheco, que esta visita já tardia aos Açores só teria utilidade se Santos Silva conseguisse ter alguma influência positiva perante o seu partido socialista, na solução de questões sobre os Açores, que foram sendo sempre adiadas.
Ponta Delgada, 31 de Outubro de 2023
CHEGA I Comunicação
