Num balanço à visita oficial que o CHEGA Açores realizou à ilha de Santa Maria, entre os dias 29 e 31 de Agosto, José Pacheco lamentou que, passado um ano, visse, novamente, “que algumas das questões que tínhamos levantado, não foram resolvidas, nem se vislumbram soluções”.
No final de uma visita à Associação de Desenvolvimento e Solidariedade Social Mariense – Salvaterra, onde reuniu com a presidente da Direcção, o deputado demonstrou o seu descontentamento por Santa Maria continuar com os velhos problemas e sem novas soluções, dando como exemplo o transporte marítimo de mercadorias, que tem sido um dos casos mais graves em Santa Maria. “Também percebemos que a crise, ou a catástrofe na habitação, que se vive nos Açores, em Santa Maria não é diferente”, referiu.
Este foi inclusive, um dos temas levantados durante a reunião com a Direcção da Associação de Desenvolvimento e Solidariedade Social Mariense, Salvaterra, que se mostrou muito preocupada com a falta de habitação na ilha.
“De facto, em Santa Maria constatamos que existem, efectivamente, casas fechadas e outras abandonadas, e o Governo Regional não dá qualquer passo ou mostra vontade em requalificar e tornar atractivas estas habitações, tanto para novas moradias, ou até mesmo, para atrair mais população como por exemplo, professores, médicos, enfermeiros ou polícias. Vimos lugares com muito potencial para novas habitações em Santa Maria como é o caso da Estação da Loran, o Polígono ou no aeroporto, mas nada está feito”, garantiu José Pacheco.
Ainda na área social, José Pacheco defendeu a necessidade de uma mudança de paradigma no que concerne aos idosos, entendendo que os lares não podem continuar a ser apenas um depósito de pessoas em idade mais avançada. “Temos de olhar para os nossos idosos com mais carinho e retribuir-lhes o tanto que eles nos deram ao longo da sua vida”. Para José Pacheco, “é preciso rever os financiamentos às IPSS’s, são precisas mais condições nos centros de dia, é necessário reforçar o apoio ao domicílio, dar benefícios fiscais aos cuidadores informais e pensar na possibilidade de centros de noite, em que os idosos permanecem nas suas moradias, durante o dia, e só vão dormir às instituições”.
Noutra vertente, também o mau estado das estradas em Santa Maria é, para o CHEGA, outra situação gritante a que se junta o património do Estado. “Foi também com desagrado, mas não com surpresa, que José Pacheco diz ter sabido das condições em que se encontram as instalações da esquadra da PSP de Vila do Porto. “As viaturas estão totalmente degradadas e em fim de vida, o edifício precisa de obras com urgência e as condições de trabalho para os agentes são calamitosas. Aliás, são os próprios polícias que dizem que não têm condições de segurança para garantir a segurança da população”, advertiu o parlamentar.
No final da visita, José Pacheco assegurou que “é preciso começar a trabalhar a sério, sob pena de Santa Maria ficar cada vez mais deserta, menos apelativa e mais envelhecida, com os jovens a irem viver para outros lugares, enquanto os que cá ficam, ficam a viver amarguradamente e não é isto que eu defendo para os meus Açores”, concluiu.
Ponta Delgada, 1 de Setembro de 2023
CHEGA I Comunicação
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