Faltam mais assistentes técnicos, o parque automóvel está obsoleto, os serviços estão demasiado burocratizados e o sistema informático deveria ser revisto. Estas foram algumas das queixas que a presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel apresentou ao deputado do CHEGA Açores, durante uma reunião que decorreu, ontem, no Centro de Saúde do Nordeste.
Depois do encontro, José Pacheco deu nota positiva ao trabalho que o Conselho de Administração da Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel tem desenvolvido no Centro de Saúde do Nordeste que irá sofrer, em breve, obras de remodelação e melhoria dos serviços prestados naquela unidade de saúde que já conta com 32 anos.
Por outro lado, e apesar de algumas boas notícias ao nível da melhoria na infra-estrutura, o deputado do CHEGA lamenta o excesso de burocratização no Serviço Regional de Saúde que leva a alguma morosidade nos processos, deixando “os utentes à espera de respostas, muitas delas, urgentes”, disse.
Também a degradação do parque automóvel preocupa o Conselho de Administração da Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel que, deu conta que todas as 42 viaturas que possuem, já registam mais de 200 mil quilómetros e mais de 20 anos. Uma situação que José Pacheco entende que deve ser revista pelo Governo Regional dos Açores até porque, indica, “com os novos serviços de proximidade que são prestados aos utentes, as viaturas são um bem cada vez mais necessário e precisam estar em condições para que o trabalho também seja realizado em condições, em segurança e com dignidade”.
José Pacheco diz também não entender porque motivo o sistema informático não permite ainda que Centros de Saúde e Hospitais da Região trabalhem em rede, facilitando assim a vida a todos os profissionais de saúde e sendo, sem dúvida, uma mais-valia para os próprios utentes. “Numa altura, que somos cada vez mais tecnológicos, o historial dos pacientes deveria estar acessível numa plataforma comum a todas os estabelecimentos de saúde da Região”, observou, avançando que “se tratam de medidas que já deveriam estar a ser pensadas há muito tempo”.
Também situações como o simples corte da relva no Centro de Saúde provocam alguns constrangimentos ao trabalho do Conselho de Administração da Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel que, perante uma situação do género, pode levar cerca de 4 meses a resolver a questão tudo por causa da burocracia que é necessária. “A meu ver, isso seria muito fácil de resolver, disse, explicando que bastaria que este tipo de serviço passasse para a responsabilidade das obras públicas, deixando assim mais tempo para que os profissionais de saúde se dediquem ao que realmente é mais importante que é cuidar da saúde e do bem-estar de todos os açorianos”, concluiu.
Ponta Delgada, 23 de Junho de 2023
CHEGA I Comunicação