ESTUDO PARA MELHORAR ACESSO À RIBEIRA QUENTE PROPOSTO PELO CHEGA VAI AVANÇAR

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É um assunto demasiado sério para continuar sem solução há mais de 25 anos, quando aconteceu a tragédia que tirou a vida a 29 pessoas, deixando a Ribeira Quente, em São Miguel, isolada e sem acessos por terra e por mar. Alguns meses depois deste acontecimento, foi prometida uma via alternativa de acesso àquela freguesia, com três opções estudadas e aparentemente todas inviáveis tecnicamente, tendo o Governo socialista de então optado por intervir na actual e única estrada de acesso à Ribeira Quente.

A estrada alternativa nunca foi concretizada e o CHEGA entende que aquela população não pode viver em constante sobressalto e não pode ficar isolada, como aconteceu recentemente com a tempestade Óscar. Nesse sentido apresentou um Projecto de Resolução que recomenda que se faça um estudo actual e concreto para avaliar a viabilidade de construção de uma estrada alternativa de acesso à Ribeira Quente, e que foi aprovado por maioria, com o voto contra do deputado independente.

“A passagem da tempestade Óscar mostrou a fragilidade da estrada da Ribeira Quente. Entendemos que o semi-túnel pode ser uma solução, mas a verdade é que é pouco. Naquele local, percebemos que o que ali está feito é um barril de pólvora e aqueles 300 metros de escarpa, alguns já sem vegetação, é uma questão de tempo até cair também”, ressalvou José Pacheco.

Para o CHEGA, uma freguesia não pode ficar fechada – lembrando que também os Mosteiros, em São Miguel, padece do mesmo mal. “É dramático. Temos o dever de garantir a segurança das populações”, reforçou ao regozijar-se pelo facto de avançar um novo estudo que possa resolver finalmente o problema da Ribeira Quente.

A este propósito, José Pacheco lembrou aos deputados que enquanto a estrada alternativa para a Ribeira Quente não foi ainda construída, mais de 25 anos depois da tragédia, o polémico acesso à Fajã do Calhau onde existem apenas algumas casas de veraneio avançou, mesmo durante muitos anos sem sequer projecto ou qualquer estudo de impacte ambiental, e apesar das constantes polémicas.

Horta, 17 de Junho de 2023
CHEGA I Comunicação