Preocupado com as consequências que a depressão Óscar provocou na freguesia da Ribeira Quente, ilha de São Miguel, o deputado do CHEGA, José Pacheco, deslocou-se esta manhã ao local para verificar os estragos causados pela chuva intensa que caiu, no passado dia 6 de Junho, e que provocou várias derrocadas, deixando a Ribeira Quente isolada, durante 15 horas.
Para José Pacheco não há dúvidas: “é urgente construir-se uma estrada alternativa para a freguesia da Ribeira Quente”, disse, acrescentando que, “de facto, a actual estrada (único acesso existente à freguesia) representa muito perigo.
Apesar de considerar que o semi-túnel que está em construção “pode ser uma solução para atenuar algum perigo, mas não é suficiente e seria necessário construir muitos mais túneis”.
Garante o deputado do CHEGA que “a solução mais adequada passa mesmo por construir uma estrada alternativa que está prometida desde 1997, obviamente melhorando a já existente, de forma a dar mais condições de segurança para todos os que nela transitam”, uma vez que, como referiu o parlamentar, “à primeira enxurrada mais a sério, decorreram no local 6 derrocadas”, como confirmou o Director Regional das Obras Públicas, Pedro Azevedo, que acompanhou o deputado José Pacheco na visita à estrada.
Para o CHEGA, “a população da Ribeira Quente tem sido muito penalizada com esta situação e, ao longo de décadas, só se ouviram promessas e mais promessas sem serem concretizadas. A mim pouco me importa quem executa, se um Governo de esquerda ou de direita, para mim o mais importante é a segurança e o bem-estar da população. Não se pode continuar é a fazer promessas e a dar desculpas esfarrapadas para não se fazer nada”, advertiu o deputado.
José Pacheco deu o exemplo do que se fez no Faial da Terra, referindo-se ao grande investimento numa estrada para dar acesso à Fajã do Calhau e que apenas beneficiou uns poucos moradores com casas de veraneio. “No caso da Ribeira Quente, estamos a falar de uma população de cerca de 700 habitantes que precisa de uma solução urgente”, disse.
“Se este Governo Regional diz que é diferente e quer ser diferente tem de o demonstrar em acções, frisou o deputado, salvaguardando, contudo, que apesar do apoio parlamentar do CHEGA, “não podemos ser cúmplices de nada se fazer”.
Para José Pacheco, a ilha de São Miguel tem sido esquecida no que concerne ao investimento público, alertando que, a par da estrada alternativa de acesso à Ribeira Quente, há ainda a necessidade premente de se melhorar a estrada que liga as Furnas à Povoação, acrescentando ser também uma estrada perigosa e que, infelizmente, já ceifou algumas vidas.
Por outro lado, José Pacheco chamou ainda a atenção para outro trabalho que não pode ser descurado como é o caso da limpeza das ribeiras. “De facto, vi hoje, uma ribeira totalmente obstruída que não é o resultado apenas das recentes derrocadas, mas sim de algum desleixo na sua limpeza durante anos”, disse, considerando ser “uma vergonha o que se passa com as nossas ribeiras. A vegetação cresce desalmadamente e não se vê corte de árvores ou qualquer limpeza e depois é o que se assiste. Não podemos actuar somente depois dos acidentes, temos de ser preventivos. Coloque-se quem recebe subsídios e não está a trabalhar a limpar a ribeiras e pode ser que resulte”, observou.
Neste sentido, e preocupado com a constante falta de segurança dos habitantes da Ribeira Quente, o deputado do CHEGA já enviou um requerimento ao Governo Regional dos Açores, questionando o Executivo quanto à construção de uma estrada alternativa à Ribeira Quente prometida desde 1997 e que ainda não está em execução.
Por outro lado, José Pacheco vai também apresentar na Assembleia Legislativa, já na próxima semana, um Projecto de Resolução que recomenda ao Governo Regional que se faça “imediatamente um estudo de viabilidade para a actual estrada e para a construção de uma estrada alternativa de acesso à Ribeira Quente.
“É lamentável que se continue a adiar um problema que já dura há anos e que está a colocar em causa o bem-estar e a segurança da população”, conclui.
Ponta Delgada, 9 de Junho de 2023
CHEGA I Comunicação