O acesso à habitação em São Miguel, e em todas as ilhas dos Açores, é uma das principais dificuldades com que se debatem actualmente os Açorianos que não têm condições de pagar altíssimas rendas nem de recorrer ao crédito à habitação. Um problema denunciado novamente pelo deputado José Pacheco no Parlamento Regional, durante uma sessão de perguntas ao Governo sobre a ilha de São Miguel, onde explicou que a falta de habitação especialmente para a classe média/média baixa “é um drama”.
José Pacheco detalhou que “um casal em que ganhem ambos o ordenado mínimo, não consegue ter acesso ao crédito à habitação, a um preço justo que consiga pagar. Estamos a viver um drama e não podemos continuar a fingir que não existe”.
Considerando a habitação “uma área fundamental”, o parlamentar deu conta que na Região há “uma parte da sociedade que tem tudo de graça e quem quer pagar o que é seu, não consegue ter acesso ao crédito. Os jovens casais não podem continuar a viver em casa dos pais, querem ter o seu espaço. São pessoas que não querem viver na subsidiodependência, com tudo dado, querem pagar o que é seu, mas não conseguem”.
Uma situação que tem dificultado a vida a muitos Açorianos, não só jovens, principalmente da classe média “porque cada vez mais vemos profissões que eram consideradas de classe média e que agora essas pessoas estão praticamente no limiar da pobreza”, alertou José Pacheco que questionou sobre o futuro da habitação nos Açores.
A propósito de pobreza, o parlamentar fez questão de lembrar que devido “aos experimentalismos que fomos fazendo durante anos”, os Açores continuam a ser a região mais pobre de Portugal. Uma situação que se mantém, em parte, devido ao elevado número de pessoas dependentes do Rendimento Social de Inserção, mas também devido aos programas ocupacionais onde “depositavam as pessoas, mas não lhes resolviam os problemas que se vão evidenciar quando atingirem a idade da reforma”.
Preocupações que continuam a estar em evidência da parte do CHEGA e que José Pacheco faz questão de lembrar para que sejam encontradas soluções, para resolver alguns dos problemas mais prementes com que se debatem actualmente os Açorianos.
Horta, 9 de Maio de 2023
CHEGA I Comunicação