“TEMPOS DE INCERTEZA SÃO TEMPOS DE FIRMEZA” DISSE JOSÉ PACHECO (VIDEO)

199

Foi este o mote para a declaração política do CHEGA, onde José Pacheco apontou várias áreas onde é preciso actuar perante a incerteza das consequências de uma guerra antecedida de uma crise pandémica.

Nos novos tempos de incerteza, José Pacheco falou no turismo e na aposta neste sector por parte da Região, mas que pode não se revelar correcta pois “quando não há ou pouco temos de dinheiro para as necessidades imediatas, certamente não o teremos para viajar”. Neste sentido, o CHEGA lembrou o Plano Regional de Turismo que ainda não viu a luz do dia e que poderia atrair um “turismo de qualidade, gerador de riqueza e que alavanque a nossa economia, mas especialmente a nossa sociedade desigual e empobrecida”.

E porque o turismo pode não ser a solução, acredita o CHEGA que é preciso “manter com dinamismo vários sectores, com especial relevo para alguns que são evidentes e pouco dependentes do exterior”. Nomeadamente, as pescas que continuam a ser um sector “empobrecido e desamparado”, apesar do maior território dos Açores e de Portugal ser o marítimo.

Já em relação à agricultura e à lavoura, José Pacheco alertou para a necessidade de evolução do sector, acarinhando outras áreas como a carne de ovelha e de borrego, mas também outras culturas como a meloa.

Apesar da importância destes sectores económicos, o destaque do CHEGA vai para as pessoas. “Pouco serve uma boa economia ou um ambiente fantástico se não tivermos pessoas ou se as tivermos descontentes”, destacou ao referir os idosos que sobrevivem com reformas de 300 euros, e as crianças sem perspectivas de emprego e de boa formação, que só com uma boa educação podem deixar de ser sempre pobres e mais rejeitados.

José Pacheco apelou ainda para uma maior dignidade salarial e social e, para isso, manifestou a disponibilidade do CHEGA para chegar a consensos para melhorar a vida dos açorianos, independentemente do quadrante político de onde venham as propostas. “Se os tempos são incertos então teremos de ser certos na nossa firmeza”, destacou.

Após a declaração política, e no âmbito do debate gerado pela mesma, José Pacheco respondeu ao Partido Socialista acerca do Plano de Emergência Social – chumbado no âmbito do Orçamento da Região – considerando que “os senhores chumbaram o Orçamento, por isso não é com um pacote que vão salvar a situação”.

Dirigindo-se ao Vice-Presidente do Governo, José Pacheco lembrou que o Rendimento Social de Inserção só tem baixado na Região graças à pressão do CHEGA, mas pediu “mais firmeza na fiscalização” a este apoio social.

Também o aumento do chamado “cheque pequenino” aconteceu graças ao CHEGA, mas o parlamentar entende que se trata de uma medida que “é de todos os açorianos” e não apenas de uma força política.

“Nos Açores conseguimos chegar a consensos e, em 2023, podemos chegar a momentos muito difíceis, mas podemos trabalhar em conjunto”, dando um sinal de abertura para trabalhar em prol dos açorianos. “O CHEGA não é um partido de pôr areia na engrenagem, mas de consensos”, concluiu.

Horta, 15 de Dezembro de 2022
CHEGA I Comunicação