No segundo dia de debate sobre o Plano e Orçamento para 2023, o deputado José Pacheco questionou o Secretário Regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, acerca da estratégia para a saúde na Região, abordando várias áreas de intervenção.
O CHEGA denunciou a sobrecarga das urgências principalmente no Hospital do Divino Espírito, atendendo a que muitas pessoas se dirigem àquele hospital para conseguirem ter uma consulta por não disporem de médico de família. Um alerta deixado pelo parlamentar que reforçou que ainda não há uma cobertura total de médicos de famílias na Região, obrigando muitos açorianos a terem de recorrer às urgências para conseguirem ver satisfeitas as suas necessidades básicas ao nível da saúde.
José Pacheco lembrou que uma das formas de aliviar a urgência do Hospital de Ponta Delgada, deixando aquele serviço apenas para as verdadeiras urgências, seria implementar serviços de urgência viáveis nas unidades de saúde. A este nível, José Pacheco questionou a razão de um Centro de Saúde recente, como o de Ponta Delgada, não ter serviço de urgência que permitiria canalizar alguns dos casos menos urgentes. “É algo que não se percebe ter um centro de saúde recente, na maior cidade dos Açores, sem atendimento urgente. Esta é a herança socialista que nos deixaram”, reforçou José Pacheco.
Na resposta, Clélio Meneses afiançou que um dos projectos do Governo Regional, que está já a ser implementado, pretende retirar carga das urgências, “reforçando a prevenção, a proximidade e dar resposta a montante, para evitar situações não urgentes” nos serviços de urgências.
Na sua intervenção, José Pacheco questionou ainda o Governo acerca das parcerias público-privadas na saúde. “Qual o caminho que vamos seguir quanto a parcerias público-privadas, quando as listas de espera na Região são o que são e o Serviço Regional de Saúde está sobrecarregado”, questionou o parlamentar, ao lembrar a necessidade de se procurarem parceiros no sector privado – como o Hospital Internacional dos Açores – para ajudar a diminuir as listas de espera e o tempo de espera para consultas de especialidade.
Ainda na pasta da saúde, o CHEGA quis saber como vai o Governo atacar uma das problemáticas mais preocupantes que tem assolado o Arquipélago e que diz respeito às dependências. “Uma problemática que tem aparecido com novas feições, nomeadamente através das drogas sintéticas, e onde é necessário intervir com rapidez”, referiu José Pacheco que questionou “o que se está a fazer e o que vai ser feito em 2023” em termos de prevenção das dependências.
O Secretário Regional da Saúde e Desporto, confirmou que as dependências são uma grande preocupação deste Governo e que o seu combate com sucesso, deve ser feito com prevenção. Para tal, o executivo garante que já apresentou a calendarização de várias medidas concretas com uma abordagem preventiva do consumo de estupefacientes.
Horta, 22 de Novembro de 2022
CHEGA I Comunicação
