É uma empresa pioneira nos Açores na observação de cetáceos e já estendeu a oferta ao alojamento e à restauração. Mas o Espaço Talassa, nas Lajes do Pico, começa a debater-se com os problemas de mão-de-obra que têm vindo a ser recorrentes em todas as ilhas dos Açores e que estão a afectar os empresários que não têm já mãos a medir para bem servir os visitantes.
Em reunião com a empresária Alexandra Teles, o deputado José Pacheco reforçou a falta de mão-de-obra na Região, principalmente nas áreas ligadas ao turismo, e salientou a necessidade de se terminarem os programas ocupacionais e o Rendimento Social de Inserção para que estas pessoas sejam integradas no mercado de trabalho. Uma questão que tem vindo a ser defendida pelo CHEGA desde há muito tempo e que tem sido, efectivamente, uma dificuldade dos empresários.
Durante a reunião com a responsável da empresa, que desde 1989 se dedica à observação de cetáceos, José Pacheco elogiou o espírito empreendedor dos empresários naquela que “pode, deve ser e será uma grande vertente do turismo que é a observação de animais no meio natural. Mostrar a quem é de fora o que temos, que é quase o nosso jardim zoológico no nosso quintal”.
No entanto, o deputado do CHEGA referiu que não devem ser dadas licenças de forma indiscriminada para observação de cetáceos. “O que hoje é um bem, amanhã será uma dificuldade porque ao termos 20 a 30 empresas a operar só de Verão, o mais certo é que teremos depois de sustentar essas mesmas 20 a 30 depois no Inverno. Nem todos podem ter o mesmo negócio e isso tem sido um erro nos Açores. Há pouca inovação, pouco pensar e temos de combater isso”, destacou.
Falando na potencialidade deste sector, José Pacheco considerou que esta área turística deve ser desenvolvida e protegida, embora estudada pelos técnicos, mas sempre em conversações com os empresários do sector.
Falando sobre o porto das Lajes do Pico, actualmente em obras, o deputado do CHEGA lembrou a dificuldade com que se deparam as embarcações marítimo turísticas: não tem bomba de gasolina no cais – apenas provisoriamente de gasóleo. “Temos de parar de fazer obras à pressa, eleitoralistas, para ter votos. Temos obras provisórias e há sempre algo que ficou pro pensar. Temos de parar com isso quando no futuro são os açorianos que vão ter de pagar e repagar essas obras”, referiu.
“Temos uma marina com pouca capacidade e pergunto: que raio andam a fazer ao dinheiro dos açorianos que temos de gastar quatro e cinco vezes dinheiro com a mesma obra. As coisas têm de ser estudadas, porque coisas feitas em agendas eleitorais têm os resultados à vista”, concluiu.
Lajes do Pico, 10 de Agosto de 2022
CHEGA I Comunicação