FALTA DE MÃO-DE-OBRA TEM DE SER REVERTIDA NA REGIÃO

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A preocupação dos empresários de vários sectores de actividade é partilhada pelo deputado do CHEGA, José Pacheco: há falta de mão-de-obra e há negócios que não se conseguem concretizar devido a essa dificuldade.

Numa deslocação à serralharia Estraga Ferro, no âmbito da visita oficial da Representação Parlamentar do CHEGA à ilha Terceira, José Pacheco ouviu do empresário Fernando Capitão as dificuldades que sente em contratar recursos humanos que preencham as necessidades prementes. Com 70 trabalhadores, distribuídos pela ilha Terceira e ilha do Pico, o empresário confessou a necessidade imediata de mais oito trabalhadores. No entanto, a procura não tem correspondido às expectativas.

José Pacheco, que se fez acompanhar nesta visita por elementos do CHEGA Terceira, salientou que esta é uma dificuldade que se tem vindo a acentuar em vários sectores de actividade “não só nesta serralharia – que é uma das maiores dos Açores – mas também na hotelaria e restauração. Ainda recentemente uma empresária dessa área, aqui da Terceira, me disse que iria encerrar durante as Festas da Praia por não tem funcionários para dar resposta à grande procura”. Neste sentido, o parlamentar realçou a necessidade de se adequarem os cursos profissionais na Região, às reais necessidades das empresas.

“A formação é muito importante, mas as escolas profissionais precisam de unir esforços com as empresas para verificar quais as reais necessidades do mercado. De nada serve ter cursos profissionais mais práticos, se depois não têm grande viabilidade no mercado de trabalho”, referiu o deputado.

O parlamentar salientou que “andamos a pagar formação, com dinheiro da Europa, mas depois os bons alunos vão embora da Região” e, por isso, entende que é necessário haver algum tipo de contrapartida para a Região, tal como já acontece em algumas profissões. Na prática, refere José Pacheco, quem optasse pelo ensino profissional nos Açores teria depois de iniciar o seu percurso profissional no arquipélago, por forma a retribuir o investimento feito pelos Açores na sua formação.
Além disso, José Pacheco reforça a necessidade de se reduzirem os programas ocupacionais e os beneficiários do Rendimento Social de Inserção. Os primeiros porque estão integrados para dar resposta a necessidades permanentes das instituições, pagos pelo Governo Regional, sem com isso ficarem permanentemente nas instituições, o que lhes causa grande incerteza. Os segundos porque deixam cair hábitos de trabalho, tornando-se difícil reintegrá-los no mercado de trabalho.

“A falta de mão-de-obra é um problema que temos de resolver na Região se queremos um tecido empresarial competitivo e é urgente encontrar soluções para esta dificuldade. O CHEGA deixa já aqui algumas contribuições para o que se deve começar já a fazer”, concluiu José Pacheco.

Angra do Heroísmo, 13 de Julho de 2022
CHEGA I Comunicação