“A AUTONOMIA É DOS AÇORIANOS E PARA TODOS OS AÇORIANOS” (VIDEO)

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No Dia dos Açores, o CHEGA reforça que se deve olhar a Autonomia como uma conquista da Democracia, mas também um acto de Liberdade. “Democracia porque nos permite ter uma voz própria enquanto arquipélago, enquanto Povo, diferente dos restantes portugueses. Esta diferença deve ser também entendida como uma Liberdade responsável que não oprime os outros, não diminui o semelhante, mas sim defende o nosso bem-estar”, alertou o deputado do CHEGA.

José Pacheco referiu que não podem ser ignorados os valores que fundaram as ilhas – Deus, Pátria, Família e Trabalho – mas argumentou que a Autonomia “não nasceu para privilegiar alguns políticos, os amigos deles ou os interesses ocultos que possam esconder. A Autonomia é dos Açorianos e para todos os Açorianos, não pode ser mais um encargo dos contribuintes quando é mal usada em proveito próprio ou dos interesses cooperativos”.

No Dia da Autonomia, o CHEGA reforçou que o Povo na rua “exige uma nova Revolução, uma que coloque ordem nesta desordem crónica. E aqui estaremos a seu lado, porque os Açores e os Açorianos estarão sempre acima de tudo e de todos. Acima dos Açores só Deus e o Divino Espírito Santo”.

Porque o Dia dos Açores este ano também coincide com a manifestação popular do dia 6 de Junho, José Pacheco lembrou que a História não pode ser esquecida. “Nunca poderíamos, nem devemos, ignorar o que existia antes de 25 de Novembro 1974. O passado não se apaga, o que de mal fizemos deve servir-nos de lição para não voltar a repetir. O que de bom aconteceu deve ser enaltecido e sempre que possível repetido, mesmo que de formas diferentes. Rasgar com o passado apenas por tabu ou simplesmente porque sim, nunca foi receita para coisa nenhuma”, reforçou.

Após várias lutas, avanços e recuos, chegou-se – em 1976 – à Autonomia que se conhece actualmente com as primeiras eleições regionais. “Esta foi, sem dúvida, uma das maiores conquistas democráticas do Povo Açoriano”, lembrou.

No Dia da Autonomia, que hoje se assinala na cidade da Lagoa, o deputado do CHEGA lembrou muitos os que “lutaram para chegarmos onde chegamos. E onde chegamos é sempre o mais importante que devemos discutir ou reflectir”.

Durante a cerimónia do Dia dos Açores, foram entregues as Insígnias Honoríficas Açorianas e, no final, foram servidas as tradicionais sopas do Espírito Santo.

Lagoa, 6 de Junho de 2022
CHEGA I Comunicação

INTERVENÇÃO DE JOSÉ PACHECO, DEPUTADO DO CHEGA, NO DIA DOS AÇORES, 6 DE JUNHO DE 2022

Excelentíssimos,
Senhor Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores
Senhor Representante da República para a Região Autónoma dos Açores,
Senhor Presidente do Governo Regional dos Açores,
Excelentíssimas Senhoras e Senhores Deputados Nacionais e Regionais,
Excelentíssimas Senhoras e Senhores Membros do Governo Regional dos Açores,
Excelentíssima Senhora Presidente da Câmara Municipal de Lagoa e Autarcas Lagoenses
Excelentíssimas Autoridades Civis, Militares e Religiosas,
Minhas Senhoras e meus senhores aqui presentes

Aqui, hoje reunidos, celebramos o Dia dos Açores, mas também neste dia celebramos o Divino Espírito Santo e a revolta popular do 6 de Junho de 1975. É bom nunca esquecer a história.

Nunca poderíamos, nem devemos, ignorar o que existia antes de 25 de Novembro 1974. O passado não se apaga. O que que de mal fizemos deve servir-nos de lição para não voltarmos a repetir. O que de bom aconteceu deve ser enaltecido e sempre que possível repetido, mesmo que de formas diferentes. Rasgar com o passado apenas por tabu ou simplesmente porque sim, nunca foi receita para coisa nenhuma.

A Autonomia passou por várias lutas, avanços e recuos, desde 2 de Março de 1895. Em 1976, com as primeiras eleições regionais, passamos a ter a Autonomia que conhecemos. Esta foi, sem dúvida, uma das maiores conquistas democráticas do Povo Açoriano, nos tempos actuais.

Muitos foram aqueles que lutaram para chegarmos onde chegamos. E onde chegamos é sempre o mais importante que devemos discutir ou reflectir.

Devemos olhar para a Autonomia como uma conquista da Democracia, mas também um acto de Liberdade. Democracia porque nos permite ter uma voz própria enquanto arquipélago, enquanto Povo, diferente dos restantes portugueses. Esta diferença deve ser também entendida como uma Liberdade responsável que não oprime os outros, não diminui o semelhante, mas sim defende o nosso bem-estar.

Não podemos continuar a ignorar ou simplesmente a abandonar os valores que fundaram estas ilhas: Deus, Pátria, Família e Trabalho.

Também da Autonomia devemos todos ter consciência que não nasceu para privilegiar alguns políticos, os amigos deles ou os interesses ocultos que possam esconder. A Autonomia é dos Açorianos e para todos os Açorianos, não pode ser mais um encargo dos contribuintes quando é mal usada em proveito próprio ou dos interesses corporativos.

Todos ouvimos na rua que o Povo exige uma nova Revolução, uma que coloque ordem nesta desordem crónica. E aqui estaremos a seu lado, porque os Açores e os Açorianos estarão sempre acima de tudo e de todos. Acima dos Açores só Deus e o Divino Espírito Santo.

Aqui estamos em nome dos nossos filhos. Se esta luta valerá a pena, ou não, só a história julgará, mas mais vale continuar a lutar e morrer livres, que calados e em paz sujeitos.

Viva Portugal, viva os Açores e ao seu Bom Povo, viva o nosso Divino Espírito Santo e todas as nossas boas tradições, Viva o 6 de Junho!

Lagoa, 6 de Junho de 2022

José Pacheco
Deputado do Chega