O deputado do CHEGA assinalou, hoje, o Dia Mundial do Queijo, com uma visita à União de Cooperativas Agrícolas de Lacticínios de São Jorge, Uniqueijo, Para José Pacheco esta acção simbólica, aconteceu, precisamente, “para chamar à atenção para um dos melhores produtos que os Açores têm e, felizmente, temos muitos, infelizmente, algumas vezes maltratados, mas o queijo de São Jorge é, sem dúvida, um grande embaixador dos Açores”, disse.
O parlamentar aproveitou a ocasião para ouvir as preocupações da Direcção da Uniqueijo, sendo que durante a reunião de trabalho até foram apontadas algumas possíveis soluções para os actuais problemas que afligem a fileira do leite.
Relativamente a esta matéria, José Pacheco considerou que não se pode tratar este problema como um todo, mas sim caso a caso. Como disse, “cada ilha tem as suas particularidades e características próprias, sendo que a própria agricultura também tem as suas diferenças de ilha para ilha. Percebi, com alguma alegria, que em São Jorge é onde se paga melhor o litro de leite aos produtores, e há vontade de subir mais, mas é também onde se exige mais do lavrador”. Contudo, reafirmou, “nas restantes ilhas, é uma vergonha o que se paga pelo nosso ouro branco, que é o nosso leite”.
Para o deputado do CHEGA, “é este o caminho que devemos seguir, tratar diferente o que é diferente”.
José Pacheco alertou ainda para algumas ameaças que pairam no ar como sejam a vontade de alguns produtores agrícolas quererem abandonar o leite ou mudar-se para a carne, o despovoamento de algumas ilhas ou o envelhecimento da população, onde São Jorge não é excepção, e que pode levar a uma quebra na produção de leite e isto pode, no futuro, levar a falta de leite.
O deputado frisa que a possível falta de leite é uma ameaça bem real, comentando que neste caso em particular, em conversa com a direcção da Uniqueijo, “acreditamos que esta ameaça pode ser combatida. Falamos em algumas soluções e, enquanto deputado do CHEGA, vou assumir este compromisso na defesa do queijo de São Jorge, arranjando caminhos e soluções para que, no futuro, não nos estejamos a lamentar”.
O parlamentar defende ainda uma acção mais preventiva e trabalho com muita antecedência para que alguns problemas não se manifestem. Aliás, referiu, “até entendo que muitos dos problemas com que a agricultura se depara actualmente prendem-se com a falta de prevenção, de visão e da audição dos agentes do sector”.
“Temos que tratar a nossa agricultura com a dignidade que ela merece, valorizando todos os produtos de excelência que temos”, advertiu, frisando que “não é carregando de subsídios os problemas que eles vão desaparecer, ficam é mais disfarçados, mas alguns anos depois o problema emerge e às vezes já sem qualquer solução possível”, concluiu.
Velas de São Jorge, 20 de Janeiro de 2022
CHEGA I Comunicação
