“NÃO PODEMOS CONTINUAR A ALIMENTAR A POBREZA”, ALERTA O CHEGA

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O deputado do CHEGA elogiou, esta tarde, na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, a alteração proposta pelo Governo Regional ao complemento para aquisição de medicamentos pelos idosos (COMPAMID).

Intervindo no debate sobre o assunto, José Pacheco recordou que esta tem sido uma matéria na agenda do CHEGA, por entender ser “muito difícil ver idosos em farmácias que não conseguem aviar a totalidade da receita dos medicamentos que lhes são prescritos tendo que optar apenas por alguns”. Diz o parlamentar que se trata de uma “dura realidade de quem vive na Região mais pobre de Portugal; numa Região onde a pobreza ainda é vista todos os dias e nos sítios onde não deveríamos ver, como é o caso das farmácias, porque quem vai a uma farmácia é quem está doente e é quem mais precisa. Uma pobreza que ataca os extremos: crianças e idosos”, frisou.

Por este motivo, o deputado do CHEGA decidiu dar o voto favorável à proposta do Executivo, considerando que “é uma boa medida da direita” e dando os parabéns a quem a propôs. “O CHEGA só tem que acompanhar quem a melhora, quem tenta que seja mais justa e quem tenta que seja mais simples”, disse José Pacheco.
Do mesmo modo, José Pacheco reconheceu o mérito ao BE que também apresentou uma proposta de alteração ao COMPAMID, todavia, considerou que a medida apresentada pelo Governo é simples e directa, não sendo necessário para os idosos recorrerem a cartões e outras ferramentas, como queria o BE.

“Creio que é o caminho a seguir, não desvalorizando, contudo, o cuidado do BE”, disse José Pacheco, ressalvando que o CHEGA, “esse grande partido «fascista», como muito gostam de chamar, não tem problemas em dizer à esquerda que também apresenta boas propostas”. O deputado adiantou que “quando nos atacamos politicamente por coisa nenhuma, não estamos a ganhar nada, mas sim, apenas a iludir as pessoas e a sermos ingratos com quem votou em nós”, observou.

Para José Pacheco, “os idosos precisam rapidamente de medidas do género”, advertindo para a necessidade da existência de cada vez mais justiça social. Um desafio que o deputado defende que deve ser tido em conta, urgentemente, por todos os partidos com assento parlamentar na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

“Temos de retirar os Açores da pobreza, seja em que idade for, seja em que patamar for. Não podemos continuar a alimentar a pobreza com programas e mais programas. É preciso lutar contra a pobreza e fazer um corte radical para que todos sejam contemplados”, frisou, concluindo que não pode haver “açorianos de primeira, e açorianos de segunda”.

Horta, 21 de Outubro de 2021
CHEGA I Comunicação