CHEGA DIZ QUE ESCRAVATURA DO LEITE TEM DE ACABAR NOS AÇORES

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O Chega defendeu hoje que é chegada a altura de acabar com a actual “escravatura do leite nos Açores”.
Durante uma audiência com o presidente da Federação Agrícola dos Açores, o deputado do Chega, José Pacheco, voltou a reiterar a necessidade de se criar uma estratégia para a valorização e promoção dos produtos lácteos dos Açores, em particular o leite, a manteiga e o queijo.
Para o deputado, não é admissível que os industriais nos Açores estejam a pagar à produção os preços do leite mais baixos da Europa. “Temos um leite de excelência e não podemos aceitar que o produtor de leite continue a ser o parente pobre da agricultura”, disse José Pacheco, que entende que é preciso aumentar o preço do leite pago à produção. Para José Pacheco, o mais justo seria uma subida de 10 cêntimos no preço do litro do leite pago ao produtor. O parlamentar reconhece que “é preciso dar este passo em frente, no sentido de salvar este sector tão importante para a economia dos Açores”.
Os Açores estão na cauda da Europa no valor recebido por litro de leite. Estamos 10 cêntimos abaixo do valor médio europeu, pelo que o Chega defende que se deve encontrar, rapidamente, uma solução que faça subir, pelo menos, este valor por litro, acompanhando assim os níveis médios europeus.
Do mesmo modo, o parlamentar do Chega defende uma rota turística do leite na Região como forma de valorizar o que é produzido na Região, considerando ainda que a indústria deveria criar uma estratégia séria, tendo em vista a internacionalização do leite e seus derivados produzidos nos Açores.
José Pacheco deu hoje a garantia ao presidente da Federação Agrícola dos Açores que o Chega está ao lado dos lavradores, partilhando das mesmas preocupações que o sector e disposto a apresentar propostas com soluções que visam dignificar o sector e os produtos produzidos na Região.
Para José Pacheco já é tempo de tratar o sector agrícola com mais dignidade e respeito. “Não podemos olhar para os agricultores e lavradores como analfabetos ou subsídio-dependentes”, disse, frisando ser fundamental que todos os trabalhadores tenham um justo rendimento do seu trabalho.

Ponta Delgada, 13 de Setembro de 2021
CHEGA I Comunicação