CHEGA NÃO QUER QUE A CULTURA SEJA ATIRADA PARA A POBREZA

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O Grupo Parlamentar do CHEGA considerou hoje na Assembleia Legislativa Regional dos Açores que a cultura é essencial a qualquer sociedade, entendendo que “uma sociedade sem cultura nem é uma sociedade”.
Intervindo na sessão plenária deste mês, a propósito do debate do Programa de Apoio Extraordinário à Cultura na Região Autónoma dos Açores, apresentado pelo PS, o deputado José Pacheco recordou que a pandemia fez parar muitos sectores de actividade na Região, entre eles o sector cultural, ressalvando, contudo, que há algo que não pode ser esquecido e passar em branco como é o caso da existência de “trabalhadores que passaram fome e que não tinham o que comer”, disse, frisando que se trata de algo que aconteceu, foi real e que foi combatido pela boa vontade dos seus pares e algumas pessoas”.
Por outro lado, avançou, “há quem defenda, como ficou sub-entendido num à parte do Sr. deputado do BE, António Lima, que se coloquem os músicos todos a receber RSI”. Ou seja, disse, é este “o respeito que temos pela cultura, é a imagem que nós temos da cultura e é a imagem de como a cultura foi tratada até hoje”. José Pacheco assevera que se trata de um entendimento que não pode, nem quer concordar, porque, frisa, “um artista não é alguém que não sabe fazer mais nada na vida e dedica-se à cultura. Eu também sou artista”, revelou, deixando um recado à Assembleia: “Os senhores da esquerda que já mandaram metade do meu povo para a pobreza, façam o favor de não mandar o resto”.
Para o Grupo Parlamentar do CHEGA, “o que está para trás, para trás fica” defendendo ser necessário andar para a frente com seriedade. “Nós temos de ter cultura na nossa sociedade, mas temos que saber tratar bem e com igualdade as pessoas que produzem a cultura”, rematou, garantindo que o CHEGA estará sempre ao lado de quem passa necessidades seja na cultura ou em qualquer outra área.
José Pacheco chamou ainda a atenção para nesta área não se colocar tudo no mesmo saco. “Primeiro vamos resolver o problema destas pessoas que estão há um ano a zeros e a seguir vamos olhar para as restantes áreas culturais”. Contudo, ressalvou, “que não se use a cultura como um pretexto para alguns depois se poderem aproveitar desta área de uma forma menos digna. Porque, recordo, por detrás de qualquer actuação, expressão artística, há um trabalho enorme, sem esquecer que se trata de uma área que também envolve muitos jovens que se estiverem focados nestas actividades culturais, certamente não estarão a enveredar por caminhos errantes”, finalizou.
Horta, 24 de Março de 2021
CHEGA I Comunicação