Desde que o CHEGA Açores existe, temos acompanhado de perto o drama de centenas de famílias açorianas que ficaram conhecidas como os lesados do BANIF. Para nós, mais do que “lesados”, grande parte destas pessoas foram efetivamente burladas por um sistema financeiro que falhou, por supervisores que fecharam os olhos e por um Estado que continua sem assumir as suas responsabilidades.
Entre estas vítimas estão particulares, emigrantes que confiaram as suas poupanças de uma vida, pensionistas, trabalhadores com pouca literacia financeira, pessoas simples que confiaram no banco e nos seus gestores comerciais. Há, inclusive, quem tenha falecido sem ver uma única resposta efetiva da justiça. O Estado sabe disto há anos, mas continua a empurrar o problema com a barriga, à espera que o tempo apague a vergonha.
Não podemos calar a nossa voz quando o papel fiscalizador do Estado e o garante da saúde financeira das instituições bancárias falhou de forma desastrosa. O Estado tem um supervisor, tem reguladores, tem mecanismos de controlo. Não os usou. E, quando falha, tem a obrigação de reparar.
O CHEGA Açores sempre defendeu que estes cidadãos foram vítimas de um esquema opaco, onde produtos financeiros foram vendidos como aplicações seguras, quando afinal eram instrumentos de risco mascarados para captar dinheiro fácil. Esta prática é conhecida, foi denunciada em vários processos e não pode continuar a ser enterrada em relatórios, comissões e promessas vazias.
Exigimos ação.
Exigimos verdade.
Exigimos justiça.
Queremos uma solução clara, transparente e com indemnização efetiva para todos aqueles que involuntariamente foram apanhados neste esquema maligno. Qualquer solução que deixe de fora uma única família é uma solução incompleta e injusta.
O CHEGA Açores continuará ao lado dos lesados do BANIF, dentro e fora das instituições, até que se faça justiça plena e que os açorianos recuperem aquilo que é seu. Porque um sistema financeiro que falha tem de ser responsabilizado. Porque um Estado que promete proteger tem de cumprir. E porque não admitimos que o silêncio e o esquecimento sejam a “solução” encontrada para esconder este escândalo.
Isto não acaba aqui. E nós não vamos desistir.
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