Uma das grandes preocupações do CHEGA tem sido a falta de habitação nos Açores e essa questão não pode ser descurada no próximo Orçamento para 2026. Este foi um dos alertas do Presidente do CHEGA Açores e líder parlamentar, José Pacheco, no final de uma reunião com o Presidente do Governo Regional a propósito das ante-propostas de Plano e Orçamento para 2026.
José Pacheco defende que a Região não pode continuar a ter uma política socialista de habitação, já que faltam casas para quem trabalha e as consegue pagar.
Outra das preocupações do CHEGA é a redução da máquina do Estado, tal como já foi anunciado no último plenário com um Projecto de Resolução, embora garantindo José Pacheco que “estamos disponíveis para fazer uma revolução gradual, nada de dramático”.
Na reunião foi ainda abordada a questão das privatizações das empresas do sector público empresarial, que importa avançar para que se consiga reverter o problema da falta de receita e excesso de despesa pública.
O Presidente do CHEGA Açores alertou, contudo, que o próximo orçamento será fortemente condicionado pela execução do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR, “que obriga a que grande parte dos fundos públicos fiquem condicionados e podemos ter de devolver o dinheiro que a Região já recebeu”. Uma forte condicionante já que “o desporto, a cultura e o parque escolar, por exemplo, não podem ser descurados”, afirmou.
Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de a Região ter de se endividar para garantir a execução do PRR e do PO2030, embora discordando, José Pacheco admite que que “se o endividamento é para criar condições, podemos aceitar, embora não concordando. Mas sempre fiscalizando porque à custa do doente, come toda a gente”, alertou.
“Endividamento sim, mas na devida medida, para cumprirmos os nossos compromissos e não para sustentar vícios. Temos responsabilidade e queremos ser parte da solução e nunca do problema. Estamos fartos de eleições, mas quando tiver de ser, será. Prezo muito a estabilidade, mas não pode ser passando um cheque em branco ao Governo Regional”, concluiu.
Ponta Delgada, 15 de Setembro de 2025
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