No discurso final, antes da votação do Plano e Orçamento para 2025, o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, incitou o Governo Regional a “fazer diferente” dos partidos de esquerda, principalmente do PS, que governou a Região durante 24 anos.
“Não posso permitir que outros, que nada fizeram na vida, que apenas viveram à sombra da política, ou da política dos seus parentes, hoje me chamem – aos meus pares e ao meu partido – de ignorantes, de irresponsáveis, de extremistas e fascistas. Pois, o CHEGA é tão irresponsável que tem a humildade democrática de negociar com o Governo. Tem a humildade democrática de dizer: estamos aqui. Não queremos ser o problema, queremos ser a solução”, disse José Pacheco directamente para a bancada socialista a quem acusou de “fazer birras de jardim-escola” quando, durante o debate, disseram que o Governo tinha a obrigação de negociar com aquele partido, tal como fez com o CHEGA.
José Pacheco acusou ainda o Partido Socialista de “falta de seriedade” quando diz que o CHEGA “quer deixar crianças na porta da rua das creches. Isto é que é falta de seriedade. Sabem porquê? Perguntem aos pais que trabalham quem é que ficou na porta da rua das creches até hoje. Foram os filhos daqueles que trabalham e que viam ocupar os seus lugares com aqueles que nada fazem e vivem à custa dos nossos impostos”.
Mas José Pacheco garantiu que nem com um Governo liderado pelo CHEGA iria permitir que tal voltasse a acontecer. “Nós sempre dissemos que o CHEGA não vai ser um problema, o CHEGA vai ser a solução. Estamos aqui para ser a solução”, lembrou.
O líder do CHEGA exigiu compromisso, coragem e paixão ao Governo. Compromisso para ir para a rua ouvir os problemas dos Açorianos, coragem para gerir a Região privatizando empresas que dão prejuízo, e paixão para “fazer diferente. E fazer diferente não é fazer a mesma coisa com caras diferentes. Fazer diferente é ter coragem”, disse.
José Pacheco alertou para as escolas que estão a precisar de obras, para os caminhos agrícolas que precisam de ser limpos e recuperados, e questionou: “quando vamos ter a coragem de dizer que a SATA Internacional é um cancro dos Açores? Que a SATA Internacional está a levar os Açores à falência?”.
Além disso, destacou o facto de o Governo dos Açores se impor junto da República, mas incitou que é preciso a revisão da Lei de Finanças Regionais e que o diferencial do IVA seja devolvido à Região, “senão os Açores vão à falência”.
Por fim, José Pacheco aconselhou o Governo a ter convicção e a apaixonar-se para que consiga levar os Açores mais à frente.
“Deixo aqui apenas este apelo: apaixonem-se por aquilo que fazem. O resto vem sozinho. Nunca desistam, porque estamos aqui para não vos deixar desistir. Eu não posso consentir que esta Região continue nas mãos dos políticos a fazer o que se tem feito até hoje, que é muito pouco, 50 anos depois”, reforçou José Pacheco.
Por fim, o líder parlamentar aconselhou os deputados e o Governo a saírem dos gabinetes e a sentarem-se a ouvir “as dores de cada Açoriano. Isso eu nunca vos vi fazer, mas eu vou continuar a fazer”, concluiu.
Horta, 27 de Outubro de 2024
CHEGA I Comunicação



