“O Governo tem de provar que há um plano para a pesca nos Açores, caso contrário não contem com o CHEGA”, afirmou o líder parlamentar José Pacheco no debate de urgência sobre “reestruturação e modernização do sector das pescas”. O futuro da pesca na Região é uma preocupação do Grupo Parlamentar que entende que tem de haver um plano estratégico para o sector que seja do conhecimento dos pescadores. “Qual é o plano estratégico para a pesca? Querem acabar com a pesca? Os pescadores vão viver de quê? A não ser que se comprometam, como o PS, que os pescadores vão para o RSI”, argumentou José Pacheco.
Também a deputada Olivéria Santos – “filha de pescador, sobrinha de pescadores, prima de pescadores, conheço o sector muito de perto” – manifestou o seu desagrado com o abandono das pescas na Região. “Entristece-me ouvir os pescadores dizerem que estão abandonados, que estão esquecidos, que a pesca vai acabar. A pesca não pode acabar. Não podemos acabar com a pesca nos Açores. Esses pescadores precisam de trabalhar porque têm famílias para alimentar”, destacou. A parlamentar questionou também o Governo quanto aos atrasos no pagamento do POSEI, “já que os pescadores precisam urgentemente destes apoios”.
A deputada Hélia Cardoso falou sobre as dificuldades que os pescadores da Terceira sentem, devido aos constrangimentos causados pela avaria da grua no Porto Pipas e no Porto de São Mateus. A parlamentar referiu que os pescadores “estão a recorrer a empresas privadas para retirar os barcos da água”, agora com os avisos de mau tempo. “Como é que empresas privadas, com estruturas mais pequenas, conseguem resolver o problema e o Governo Regional, com toda a sua estrutura, não consegue?”, questionou.
Também a propósito das gruas avariadas e sem manutenção, o deputado Francisco Lima destacou que ao fim de quatro anos, “o Governo não pode continuar a imputar responsabilidades ao PS. As gruas estão a cair de podre, está tudo avariado, há falta de manutenção e por vezes uns baldes de graxa resolvem as coisas. É uma desgraça. Há protocolos com Juntas de Freguesia para manutenção de gruas, quando as Juntas de Freguesia não têm capacidade”.
O parlamentar indicou ser “preocupante” haver “uma falência total do Estado que não tem capacidade para gerir nada”, afirmou. “Se o Estado não tem capacidade, que privatize as gruas. Se fosse privatizado, estava tudo funcional”, defendeu o parlamentar.
Horta, 15 de Outubro de 2024
CHEGA I Comunicação
            
		


