O baixo preço do leite pago à produção tem sido uma preocupação do CHEGA, que tem vindo a contactar com Associações e Cooperativas de produtores que manifestam um sentimento de descontentamento face ao sector.
Os deputados do CHEGA Açores, José Pacheco e Olivéria Santos, estiveram hoje reunidos com a Cooperativa de Santo Antão, em Ponta Garça, liderada por António José Sousa, que manifestou o mesmo descontentamento perante as indústrias que não pagam o preço devido pelo leite em São Miguel.
Numa visita à Cooperativa integrada na terceira maior bacia leiteira de São Miguel, o deputado José Pacheco explicou que o problema no leite “tem a ver com uma desregulação do mercado e com a asfixia que a indústria e distribuição colocam aos produtores”.
O parlamentar lembrou que o CHEGA foi o primeiro partido político a pedir um aumento de 0,10 cêntimos por litro de leite pago à produção, “quando todos diziam que era demasiado. Foi há quase três anos e quando aumentaram para 0,10 cêntimos já era preciso aumentar mais”, referiu.
O CHEGA “também fez uma tentativa para tabelar o preço mínimo acima do preço de produção, inclusive do leite, para que os lavradores não andem sempre com insegurança, mas que foi chumbada na Assembleia Regional”, salientou José Pacheco.
O parlamentar lamentou que, sistematicamente, se desvalorizem os produtos Açorianos, nomeadamente o leite, “que está a ser vendido ao desbarato no continente por Cooperativas Açorianas, quando temos um produto de excelência que tem de ser valorizado”. José Pacheco explicou que é imperioso haver maior fiscalização a estes negócios, lembrando que “quando uma Cooperativa faz negócios destes e depois vai pedir apoios ao Governo, é o dinheiro de todos os Açorianos que está a ser injectado nestas Cooperativas”.
José Pacheco reforçou que “grandes indústrias estão a matar o nosso leite”, explicando que os Açores devem seguir o caminho de apostar em pequenas indústrias que saibam valorizar os produtos locais. “Andamos a fabricar leite UHT quando precisamos é de apostar em produtos com mais-valias, como o queijo ou a manteiga, que são muito mais valorizados” e que dão maior rentabilidade aos pequenos negócios, muitos deles artesanais, que conseguem produzir algo único e de excelência.
É neste sentido que o CHEGA estende o seu apoio aos produtores de leite e garante que vai continuar na luta para que o preço do leite à produção seja mais bem pago, de acordo com os custos de produção.
Ponta Garça, 1 de Julho de 2024
CHEGA I Comunicação
