O CHEGA tem vindo a denunciar que o Rendimento Social de Inserção (RSI) tem sido um dos factores que leva muitas pessoas a não querer trabalhar, o que se reflecte depois no desenvolvimento da economia da Região. Além disso, são muitas pessoas que recebem mais de RSI do que estando a trabalhar, sem terem de se restringir a horários e obrigações laborais.
No entanto, de acordo com dados da Segurança Social, no final do ano passado havia 11.680 pessoas a receber o RSI nos Açores, com um valor médio mensal por pessoa de 94,18 euros. A Segurança Social indica que, no ano passado, a totalidade paga pelo RSI representou pouco mais de 12.600 milhões de euros.
“Trata-se de uma média aritmética, que serve para a estatística, quando na prática sabemos que estas pessoas recebem muito mais por mês do que aquilo que é divulgado”, refere o líder parlamentar, José Pacheco, que denuncia que é necessário ter em conta que estas pessoas “recebem outros apoios sociais. Recebem abono de família, têm direito a renda social, à tarifa social de electricidade, tarifa social de água e, muitos, também recebem Banco Alimentar. Para quem recebe todos estes apoios, aquilo que recebe de RSI é dinheiro para gastos”, refere.
“Ao contrário da reportagem da RTP Açores, que diz que os mais de 12 milhões de euros pagos de RSI é uma gota de água no orçamento nacional, consideramos que é sim, um tsunami para a sociedade Açoriana”, refere José Pacheco que acrescenta que estes números merecem ser devidamente esclarecidos. “Onde anda a fiscalização para acabar com estas fraudes?”, questiona o líder parlamentar do CHEGA.
O CHEGA volta a denunciar que “o Governo diz que o Rendimento Social de Inserção apoiou 11.680 pessoas nos Açores durante o ano passado. Mas não apoiou. O Rendimento Social de Inserção sustentou a maior parte destas 11.680 pessoas. É preciso que se diga isto e o CHEGA vai continuar a denunciar sempre esta situação”, concluiu.
Ponta Delgada, 8 de Julho de 2024
CHEGA I Comunicação
