O deputado José Pacheco visitou hoje na CONSERAN – Conservas do Atlântico Norte, na Madalena do Pico, onde destacou a importância da iniciativa privada para o desenvolvimento dos Açores. Especialmente quando a anterior fábrica de conservas encerrou e deixou largas dezenas de trabalhadores no desemprego, causando alguns danos sociais na ilha do Pico.
Um investimento privado que emprega 160 trabalhadores, mas que está preparado para crescer e absorver mais mão-de-obra. De acordo com o deputado do CHEGA Açores, “vemos com muito agrado que não têm falta de mão-de-obra e também vemos com satisfação que este é um projecto que foi pensado e dimensionado para crescer, consoante as necessidades”. Algo que, infelizmente, ao nível da administração central e regional “não existe. Fazemos as coisas pequeninas e, depois, para crescer, torna-se muito caro. Aqui, esta fábrica foi projectada e está preparada para crescer, se o mercado o permitir. O que significa que também terá mais mão-de-obra, terá mais famílias a trabalhar. Pessoas que vivem do seu trabalho dignamente e não vivem da subsidiodependência, com a qual queremos acabar”.
José Pacheco destacou ainda o conceito de protecção da família – muito caro ao CHEGA – e que tem grande acolhimento naquela fábrica que “trabalha de Segunda a Sexta-feira, das 8 horas às 17 horas, isso é fundamental porque temos de acabar com a escravidão. São seres humanos e também têm de ter vida familiar e lazer”. O parlamentar lembrou que o CHEGA está a preparar uma iniciativa para uma maior protecção da família nos vários sectores económicos.
“Precisávamos desta visão empresarial noutros sectores e não uma visão de não pagar bem aos empregados, para ir buscar imigrantes e pagar-lhes menos. Temos de evitar isto e pagar aos Açorianos em condições, e permitir que tenham acesso a passar tempo com a família, que também é muito importante”, destacou José Pacheco.
Apesar das mais-valias deste investimento na Madalena do Pico, há a questão da matéria-prima que preocupa o CHEGA. “A quota de atum dos Açores está, neste momento, nas 3.100 toneladas, mas precisávamos de seis mil toneladas”, referiu José Pacheco que entende que o trabalho para aumentar a quota de atum para a Região deve ser feito pelo Governo Regional.
“Não tenho ouvido o Governo Regional falar sobre isto, mas temos de fazer esta aposta e lutar para que se aumente a quota do atum. Consequentemente, podendo capturar mais atum, será muito melhor para armadores e para pescadores”, reforça o parlamentar. José Pacheco acrescenta que o atum que é capturado nos Açores tem de ser também mais valorizado, já que “é pescado de forma sustentável, de forma amiga do ambiente. Por exemplo, nos Açores não se pescam atuns com menos de 15 quilos. Os Açores podem-se orgulhar deste modo de captura sustentável e temos de informar o consumidor que a nossa pesca é amiga do ambiente. Isso vai valorizar o nosso produto e é essa aposta que temos de fazer”, concluiu.
Madalena, 28 de Setembro de 2023
CHEGA I Comunicação