CHEGA EXIGE MAIS ACÇÃO DO GOVERNO PARA COMBATER PERIGO DA EROSÃO NAS CALHETAS (VIDEO)

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A situação já se arrasta há dezenas de anos, com várias promessas de solução, mas nas Calhetas, concelho da Ribeira Grande, a orla costeira continua à mercê da erosão, com habitações destruídas e outras em risco de derrocada. Uma situação denunciada hoje pelo deputado José Pacheco que esteve no local e que considera que o atraso de “dezenas de anos” em se encontrar uma solução para aquela e muitas outras zonas das nossas ilhas, fica a dever-se ao “desprezo pelas dificuldades das populações”.

O parlamentar do CHEGA entende que o Estado tem “a obrigação e a competência de evitar este tipo de situação”, já que as pessoas “têm de estar em primeiro lugar, especialmente os que moram perto desta situação”, exigindo mais acção por parte do Governo apesar de reconhecer que o processo de concurso público é moroso.

“Não vou exigir que se resolva no imediato, porque é um processo bastante moroso. O concurso público já foi lançado, mas não pode é ficar em mais estudos, em mais espera. Temos de travar esta e outras situações. Esta situação também vem ao encontro do que temos denunciado, das dificuldades que as autarquias estão a ter porque não têm poder, nem competência, nem dinheiro. A Junta de Freguesia das Calhetas também acaba por se queixar do mesmo. Nenhum Presidente de Junta merece ter uma desgraça destas à porta e ter promessas durante dezenas de anos”, referiu.

O CHEGA entende que devem ser criadas soluções para aquela e para outras situações semelhantes, “que agora podem não ser graves, mas daqui a dias podem ser urgentes de resolver e o governo vai dizer a conversa que não há dinheiro. Se há dinheiro para dar a quem não trabalha, há dinheiro para defender as pessoas”.

Neste sentido, exige que sejam criadas soluções, “não para calar a boca ao povo, mas para resolver os problemas. Agradar ao povo era no tempo do socialismo. Este governo que se diz de direita, e que às vezes eu tenho muita dificuldade em acreditar que é, tem de fazer diferente, mas tem de ser já. Não tem de esperar, nem marcar passo e fazer mais estudos”. Até porque, afirma, as situações de perigo “estão identificadas pelos partidos deles – que muito alarido fizeram quando estavam na oposição e que agora está na altura de fazerem qualquer coisa. O dinheiro não pode servir apenas para o que é supérfluo. Não podemos pegar no dinheiro e atirar, por exemplo, para quem não quer trabalhar e depois temos o património, a vida e o bem-estar das pessoas em risco. Isto não é aceitável”, denunciou.

A propósito do concurso público que já foi lançado em Abril e que prevê um investimento superior a 2,7 milhões de euros para estabilizar a falésia, José Pacheco entende que é preciso mais acção por parte do Governo e diz que o Governo deve ouvir as empresas, pois “por vezes, um concurso com uma verba tão curta, é o mesmo que dizer que não se quer fazer. Espero que não seja o caso, mas começa a parecer”, afirmou.

Depois das Calhetas, o deputado José Pacheco deslocou-se ainda à Vila de Rabo de Peixe onde contactou com a população local e onde ouviu as principais preocupações dos moradores, que se dizem esquecidos pelos governantes. José Pacheco reiterou em Rabo de Peixe, o seu compromisso e o do CHEGA, em ser a voz do Povo na Assembleia Regional e contribuir para a melhoria das condições de vida de todos os açorianos.

Ponta Delgada, 5 de Julho de 2023
CHEGA I Comunicação

Fonte de Video: Telejornal da RTP Açores