O CHEGA esteve hoje ao lado dos pescadores na manifestação que decorreu em Ponta Delgada, em que os profissionais da pesca reclamam por condições de trabalho e de vida mais justas, alertando para questões como a reestruturação da frota e as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que deviam ser mais bem aplicadas directamente para a pesca.
O deputado José Pacheco entende que “são muito justas as questões que colocam e que têm a ver com o aumento da zona marítima”, quando os Açores têm grandes bancos de pesca – como o Meteoro – “que está a ser roubado por outros países” e não estão a ser devidamente aproveitados pelos pescadores açorianos.
“Temos de perguntar ao Governo da República e ao Governo Regional se quer ter pescadores, porque nas últimas dezenas de anos estes Governos estão a dizer que se acabe com a pesca. Para o CHEGA não é aceitável, tendo uma zona piscatória tão grande e continuarmos a maltratar os pescadores”, referiu o deputado.
José Pacheco referiu que o CHEGA estará sempre ao lado “de quem precisa e de quem trabalha”, explicando que os pescadores “vieram dizer que querem trabalhar e pescar e querem ter a sua vida de pescador melhorada”.
O parlamentar alertou também para uma das reivindicações dos pescadores que, além da renovação da frota, “abordam uma questão sensível, nomeadamente que as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência deviam estar a ser aplicados na pesca e nos seus pescadores”.
No final da manifestação, os pescadores rumaram à delegação da Assembleia Legislativa Regional onde entregaram ao CHEGA uma moção onde denunciam as quebras de rendimentos ocasionados pelo aumento geral dos preços, bem como o facto das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não estarem a ser utilizados para modernizar e reestruturar a frota de pesca, devendo apostar-se em embarcações para pescar fora das 6 milhas.
Os homens do mar denunciam também o atraso no pagamento dos apoios do POSEIMA-PESCAS, reivindicando que o valor a pagar pelo Fundo Pesca deve corresponder ao Salário Mínimo Regional, assim como o valor base das pensões de reforma da pesca deve corresponder a 90% do salário mínimo nos Açores.
Ponta Delgada, 17 de Março de 2023
CHEGA I Comunicação
