Ainda sem se conhecer o Plano de Reestruturação da SATA Azores Airlines, o Governo escuda-se em “informação sensível, que não é de domínio público” para não responder ao CHEGA sobre a rentabilidade das rotas operadas pela companhia aérea.
Em resposta ao requerimento enviado pelo CHEGA ao Parlamento Regional, o Governo avança que a rentabilidade das actuais e futuras rotas operadas pela SATA Azores Airlines é “segredo comercial da empresa”. A resposta do executivo acrescenta que “a missão” do Conselho de Administração da SATA é transformar a companhia numa empresa “rentável e sustentável a prazo”. Isto, apesar do “impacto catastrófico e não antecipável” da pandemia Covid-19 e “do legado deixado pelos anteriores Governos Regionais”.
Sem avançar mais nas respostas, o Governo Regional dá ainda ênfase ao facto de as rotas da companhia aérea serem “o pilar do negócio”, referindo que devem ser rentáveis a partir do 2º ano de operação ou mesmo antes.
Já relativamente à possibilidade de estarem novas rotas em apreciação pela companhia aérea açoriana, o Governo Regional indica que esta é sempre uma preocupação permanente das empresas a operar neste sector, “não sendo a SATA Azores Airlines uma excepção neste caso”.
O CHEGA questionou o Governo Regional relativamente à rentabilidade das rotas a operar – e em apreciação – pela SATA Azores Airlines, no sentido de perceber o rumo financeiro da companhia aérea e quais os custos inerentes às opções da companhia aérea para novas rotas.
A situação financeira da SATA Azores Airlines é um assunto pertinente para o CHEGA que tem vindo a alertar publicamente para a necessidade de se actuar perante o passivo da transportadora aérea regional, numa altura em que ainda não se conhece o Plano de Reestruturação da companhia aérea, que continua a ser analisado por Bruxelas, nem se conhece a rentabilidade das rotas que a transportadora tem vindo a operar.
Ponta Delgada, 30 de Março de 2022
CHEGA I Comunicação
