CHEGA FOI O ÚNICO PARTIDO CONTRA O AUMENTO DO FINANCIAMENTO DE GRUPOS E REPRESENTAÇÕES PARLAMENTARES

0

O Grupo Parlamentar do CHEGA já se tinha manifestado contra o descongelamento das subvenções dos grupos e representações parlamentares e hoje fez questão de reforçar este desagrado, aquando da apresentação de uma alteração da orgânica da Assembleia Legislativa Regional, que vai permitir esse descongelamento.

O líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, manifestou que “desde o primeiro dia” o CHEGA se tinha manifestado contra “o acordo que foi feito entre PS e PSD” para que houvesse uma actualização das subvenções nos parlamentos dos Açores e da Madeira que, aliás, foi proposta pelo PS aquando do Orçamento de Estado para 2025. “Na Madeira é um escândalo e nos Açores é uma vergonha. Nos Açores recebíamos o suficiente e agora passamos para uma actualização vergonhosa”, declarou.

José Pacheco indicou que esta actualização vai representar um total anual de mais de 655 mil euros e que PS e PSD recebiam pouco mais de 30 mil euros e passam agora a receber mais de 52 mil euros, enquanto o CHEGA que recebia mais de 6 mil euros passa a receber mais de 11 mil euros.

“Numa terra em que há pessoas a viver com pouco mais de 300 euros, os políticos são os primeiros a aumentar o seu conforto financeiro. Isto não se pode aceitar”, reforçou José Pacheco que lembrou que o CHEGA apresentou uma proposta de alteração para que houvesse limites para esta actualização de valores, consoante o número de deputados.

José Pacheco lembrou ainda que os deputados do CHEGA, nos Açores e no continente, têm doado 5% do seu ordenado a instituições sociais, depois de o vencimento dos deputados ter sido descongelado no início deste ano.

Durante o debate e depois de um ataque cerrado de praticamente todas as restantes bancadas parlamentares, José Pacheco fez questão de responder ao PSD reconhecendo que “não há Democracia sem partidos e a Democracia tem custos. O que estamos a falar é de um acréscimo de custos. A Democracia já se fazia e tudo se fazia”.

Já em resposta ao PS, José Pacheco garantiu não aceitar lições de moral do partido que propôs a alteração. “Se o CHEGA não falasse nisto, as pessoas não sabiam. As pessoas têm de perceber que não está em causa a Democracia ou a qualidade do trabalho feito pelos deputados. Não é o dinheiro que traz Democracia”, argumentou.

O parlamentar reforçou que o CHEGA sempre se manifestou contra a actualização das subvenções e “sempre achámos que era suficiente o que tínhamos e, por isso, devíamos manter”, explicou.
A proposta acabou aprovada, com os votos contra do CHEGA, e também a proposta de alteração para que houvesse limites para esta actualização de valores, consoante o número de deputados, foi chumbada.

Horta, 10 de Abril de 2025
CHEGA I Comunicação