O líder parlamentar do CHEGA Açores, José Pacheco, acusou hoje que a Câmara Municipal de Ponta Delgada, e a sua Polícia Municipal, de “promover o regresso aos tempos da ditadura, incentivando um clima de medo e de desconfiança em todo o concelho”.
José Pacheco, que apresentava um voto de protesto contra a Polícia Municipal e a Câmara Municipal de Ponta Delgada, pela aplicação de uma multa a um agente da Polícia Municipal por ter cumprimentado e trocado algumas palavras com o líder nacional do CHEGA, André Ventura.
“Limitar a liberdade de expressão num país que conheceu o 25 de Abril e o 25 de Novembro, é voltar as costas ao passado. Ainda para mais quando o alvo é o CHEGA, os partidos do sistema não olham a meios para conseguir atingir o partido que é a terceira força política nos Açores e a nível nacional, nem que para isso tenham de punir quem apenas cometeu a delicadeza de retribuir o cumprimento de André Ventura”, avançou José Pacheco.
O parlamentar indicou que o processo disciplinar, por parte da Câmara Municipal de Ponta Delgada, foi aprovado por unanimidade – pelo PSD e pelo PS – acusando que os dois partidos “uniram-se para aprovar a sanção. Uma vez mais, os dois maiores partidos da Região uniram-se para atacar o CHEGA e quem simpatiza e se revê nos ideais do CHEGA”.
Desta forma, José Pacheco, reforçou que “é inadmissível que se continue a usar o CHEGA, para acusar, reprimir e até multar, em nome de uma Democracia que, afinal, parece que não existe”, indicando que é preciso “combater a arrogância e a falta de dignidade que se está a retirar às nossas forças de segurança”.
No debate sobre o voto de protesto apresentado, José Pacheco destacou o “excesso de zelo” por parta de Câmara Municipal relativamente a este assunto, explicando que a Polícia Municipal não se enquadra enquanto força militarizada, nem enquanto força uniformizada, justificação dada pelo PSD para a actuação da autarquia.
“O senhor agente da Polícia Municipal não apelou ao voto, nem disse ser do CHEGA. Apenas fez um desabafo, que não devia ter feito, porque o senhor além da multa foi penalizado no seu trabalho. Se isto não é ditadura, não sei o que é ditadura”, argumentou.
O parlamentar indicou que, nestes casos, “a prudência aconselha a equilibrar. Uma conversa com o agente teria evitado isso”. José Pacheco entende que situações como esta não motivam os jovens a ingressar nas forças de segurança, numa altura em que se está a retirar dignidade e poder às mesmas.
Horta, 16 de Janeiro de 2025
CHEGA I Comunicação



