O recente episódio em que um agente da Polícia Municipal de Ponta Delgada foi multado por cumprimentar e elogiar André Ventura leve-nos, mais uma vez, a refletir sobre o fenómeno da segurança, ou da sua falta, e sobre a forma vil e desonesta como as nossas forças de segurança são tratadas nos últimos tempos.
A falta de polícias nos Açores é uma realidade inegável. Muitas vozes têm se juntado à do CHEGA, incluindo a do Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, exigindo mais recursos humanos e materiais para as forças de segurança. Do mesmo modo, o autarca de Ponta Delgada tem reivindicado, à semelhança do que ocorre em Lisboa e no Porto, um reforço das competências das polícias municipais, algo com que concordamos e apoiamos.
No entanto, é incompreensível que, por um lado, se exija mais apoio e, por outro, se pratique um excesso de zelo num episódio, no mínimo, caricato, que resultou na penalização de um agente. Esse tipo de atitude desmotiva aqueles que poderiam considerar ingressar nas forças de segurança.
É importante lembrar que os polícias ganham pouco, trabalham muito, enfrentam riscos diariamente e, em casos como este, ainda perdem o direito à liberdade de expressão. Não há necessidade de criar mais obstáculos ou atritos que só prejudicam a ordem pública ao afastar possíveis candidatos a polícias. É fundamental estar sempre ao lado de quem nos protege, e nunca contra eles.
Defendemos uma sociedade ordeira, pacífica e segura, tanto para os residentes quanto para os turistas. Afinal, nenhum visitante quer conhecer um lugar sem policiamento adequado e sem um sentimento de segurança pública.
Não apoiamos um estado policial, mas também não desejamos uma sociedade onde os criminosos dominem e os cidadãos comuns vivam com a sua tranquilidade e segurança ameaçadas.
Este desinvestimento nas forças de segurança deve ser motivo de reflexão constante. Precisamos questionar os objetivos e as agendas daqueles que atacam sistematicamente as nossas forças de segurança. Nos últimos tempos, temos observado criminosos a serem defendidos de todas as formas, enquanto as forças policiais são constantemente questionadas e atacadas a cada passo que dão, mesmo quando sabemos que estão apenas cumprindo a função que lhes foi atribuída.
Como diz o ditado popular: “Quem não gosta da polícia são os bandidos.” E, atualmente, parece que o vento sopra mais a favor dos criminosos do que dos polícias.
Finalmente, o facto de o episódio relatado estar relacionado com o CHEGA ou com o seu presidente, André Ventura, também nos faz perceber que essa tal democracia é apenas para alguns, pois para outros, a existência de um partido como o nosso, causa demasiada azia a muita gente, levando-os a mover montanhas para nos atacar constantemente.
Já CHEGA desta bandalheira!
José Pacheco
Presidente e Deputado do CHEGA Açores




