O CHEGA apresentou um Projecto de Resolução para que o Governo Regional apresente, no prazo de trinta dias, uma solução para a estrada que liga as freguesias do Raminho e da Serreta, na ilha Terceira. O deputado Francisco Lima mostrou, com humor, as dificuldades que têm feito parte da obra desde o dia 14 de Janeiro – quando uma derrocada deixou intransitável aquela via que liga o Raminho à Serreta – com grandes transtornos para as duas populações e para os turistas.
Francisco Lima reforçou que “o CHEGA não se conforma, os Terceirenses não aguentam mais e estão desesperados”, afirmando que aquela zona Norte da ilha vive uma situação de quase calamidade pública, sendo “uma espécie de Faixa de gaza, uma terra de ninguém”. O parlamentar acrescentou que “se já era difícil viver na zona Norte da ilha Terceira, uma espécie de dupla ultraperiferia, sem a principal via de comunicação estamos a condenar milhares de Terceirenses que vivem na zona Norte da ilha ao abandono, à pobreza e ao desespero”.
Na prática, com este problema naquela via, “o património mobiliário desvaloriza, o turismo cai em flecha, as crianças perdem horas para fazerem um percurso para a escola de camioneta que demorava 10 minutos e agora demoram duas horas, os cafés estão desertos, as pessoas desesperam. Até os peregrinos sofrem”, referindo-se às peregrinações à Serreta. Além disso, há ainda o perigo de não haver uma estrada alternativa que permita o rápido socorro àquelas populações, em caso de uma erupção vulcânica, por exemplo.
Criticando a lentidão para se encontrar uma solução para aquela estrada, Francisco Lima apresentou ainda uma solução, de mais fácil execução: usar uma canada ao lado da actual estrada, para que seja uma estrada alternativa.
“Estamos a dizer para se usar a estrada que já lá está. Acredito que o novo concurso público também vai ficar deserto e voltamos a ficar sem solução. Pergunte aos seus engenheiros se isso é possível”, disse ao dirigir-se à Secretária Regional das Infra-estruturas.
Também o líder parlamentar do CHEGA Açores, José Pacheco, entrou no debate para lembrar a obra feita nos taludes de Água D’Alto “que é, de longe, uma obra muito mais complexa e perigosa e resolveu-se em pouco tempo”. O parlamentar disse ainda que se o estudo para a obra de Água D’Alto fosse feita pelos mesmos técnicos que fizeram o estudo da estrada do Raminho, “jamais a obra seria feita. Ia criar um alarido social, mas a estrada do Raminho, não é tão grande assim”, originando dois pesos e duas medidas.
Francisco Lima acrescentou que o CHEGA teve o mérito de apresentar uma solução, ao contrário dos partidos de esquerda que nada fizeram.



