Os problemas na educação são de “muito difícil resolução”, uma vez que dependem de vários factores, muito complexos, que não têm resposta imediata.
Quem o diz é o líder parlamentar do CHEGA Açores, José Pacheco, a propósito de uma declaração política sobre educação, levada à Assembleia Legislativa Regional pelo PS. José Pacheco começou por dizer que ficou “surpreendido” pelo facto do PS não fazer “mea culpa” em relação à educação, já que os problemas não surgiram apenas nos últimos anos, nomeadamente a degradação dos edifícios referida.
Reconhecendo que a Secretária da Educação, Sofia Ribeiro, até está a conseguir resolver alguns problemas, José Pacheco entende ser necessário “mais empenho e mais dinheiro”, reconhecendo que o CHEGA incluiu mais verbas para obras na escola das Flores, na Escola Secundária Antero de Quental e na Escola Secundária das Laranjeiras, em São Miguel.
Quanto ao arranque do ano lectivo, “todos os anos há problemas, até estruturais”, que nem sempre são atendidos. Relativamente aos manuais escolares, a solução deveria ser aquilo que o CHEGA tem defendido desde sempre: “acabar com eles” e voltar aos manuais em papel.
Há ainda a necessidade de se fixarem docentes nas ilhas onde há mais falta, lembrando José Pacheco que os preços da habitação actualmente não facilitam a escolha das ilhas com maiores dificuldades. “A habitação não é só para quem vive na terra, é para quem se desloca, como os professores ou as forças de segurança. Ninguém quer pagar duas casas. Vão receber muito menos ordenado daquele que deviam receber”, alertou.
José Pacheco lembrou também que há professores que estão a usar baixas médicas como ferramenta, referindo que o CHEGA tem tido denúncias de professores que marcaram férias para Outubro e Novembro. “Não pode ser. Quem não está verdadeiramente doente não pode usar uma baixa”, reforçou.
O parlamentar alertou ainda que os alunos com necessidades especiais não estão a ter o apoio necessário nas escolas públicas da Região. “Cada família sofre na pele por ter um filho com necessidades especiais e não ter apoio é grave, é triste e não devia acontecer na nossa terra”, reforçou.