DISCURSO DE ÓDIO CONTRA O CHEGA E OS SEUS MILITANTES SÃO “PERSEGUIDOS”

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Entrevista do deputado do CHEGA Açores Francisco Lima
Fonte: Diário Insular
Os açorianos pensam pelas suas cabeças e não pelas cabeças de jornalistas e comentadores. Esta é uma das alegadas razões que justificam os resultados do Chega nas últimas eleições nos Açores, de acordo com Francisco Lima, para quem os militantes do Chega são “perseguidos e vilipendiados”
O CHEGA TEVE UM RESULTADO MUITO SIGNIFICATIVO NOS AÇORES NAS ÚLTIMAS LEGISLATIVAS NACIONAIS. A QUE ATRIBUI, NO GERAL, ESSA VOTAÇÃO?
Atribuo este resultado ao facto de milhares de açorianos já pensarem pela sua própria cabeça, e não pela cabeça dos jornalistas e comentadores. O CHEGA, aqui nos Açores, tem sido não só sinónimo de estabilidade, mas também um partido que apresenta iniciativas corajosas para atacar os podres do sistema — como foi o caso da iniciativa que garantiu prioridade nas creches para quem trabalha; a denúncia das baixas fraudulentas, especialmente na área do ensino, que é uma vergonha; e todo o pacote económico que instigou o governo regional à privatização e desburocratização.
O CHEGA tem sido a voz de quem não tem voz, sobretudo daqueles que estão fartos de sustentar a malandragem e de serem enganados por políticos sem escrúpulos e sem coragem para reformar o país. Já demos provas de que, para o CHEGA, não existem “vacas sagradas” — aqueles que andam há 50 anos sem prestar contas aos açorianos, sejam políticos ou certas classes profissionais privilegiadas.
Os açorianos quiseram dar um sinal claro de que estão fartos de votar nos mesmos partidos e rejeitaram, liminarmente, esta forma de fazer política baseada no amiguismo, compadrio e nepotismo. Não nego que a perseguição feita ao partido pela comunicação social, que vive numa “realidade alternativa”, tenha contribuído. O povo não é burro
e percebeu que, tanto a coligação quanto o PS, apresentaram programas eleitorais para os Açores que eram uma mão cheia de nada. No caso da coligação, o programa nacional para os Açores continha apenas quatro parágrafos em 227 páginas — generalidades e meras intenções.
A realidade é que Montenegro não se comprometeu com nada em relação aos Açores. Acredito que foi necessária muita força de vontade de Paulo Moniz para dar a cara por este programa e por este primeiro-ministro. A outra alternativa ao CHEGA seria o PS, mas está provado que pouco interessa aos açorianos o que Francisco César diz ou escreve. Já ninguém o leva a sério — nem mesmo dentro do seu próprio partido.
A verdade é que o CHEGA foi o único partido que apresentou um programa coerente e consistente com as necessidades dos açorianos. Os outros dois grandes partidos limitaram-se a replicar a propaganda do costume.
O CASO DE SÃO MIGUEL É MUITO INTERESSANTE, ATÉ PORQUE O CHEGA GANHOU DOIS CONCELHOS. NA TERCEIRA, A VOTAÇÃO DO CHEGA TAMBÉM FOI SIGNIFICATIVA, EM ESPECIAL EM FREGUESIAS DO CONCELHO DA PRAIA DA VITÓRIA. HÁ RAZÕES ESPECÍFICAS QUE JUSTIFIQUEM ESTES DADOS?
No caso da Lagoa e de Vila Franca, o CHEGA venceu. Estes são dois concelhos que “tresandam” a socialismo, onde são evidentes os vícios dessa governação. Em Vila Franca, a condenação do autarca socialista Ricardo Rodrigues à perda do mandato, e o facto de Francisco César, ao mesmo tempo em que apontava o dedo a outros partidos, fazer campanha de “braço dado” com Ricardo Rodrigues, contribuíram certamente para este resultado.
O caso da Lagoa também é evidente: trata-se de um concelho marcado por uma governação socialista de décadas, totalmente orientada para as suas clientelas partidárias, deixando a classe média e quem trabalha abandonado à sua sorte.
A situação na Praia da Vitória é igualmente fácil de compreender. Os praienses estão fartos do PS e do PSD. Embora com graus de responsabilidade diferentes, estes partidos não apresentam soluções para os problemas. Não há nenhum praiense que não reconheça que o PS desgraçou a Praia da Vitória. A governação autárquica socialista foi um desastre absoluto, levando a Câmara à rutura económica. Foram décadas de compadrio, amiguismo, má gestão e práticas políticas inaceitáveis. A verdade é que os sucessivos governos regionais, tanto do PS quanto do PSD, pouco ou nada têm feito pela Praia da Vitória. Creio que os praienses aproveitaram estas eleições para dar um sinal de que acreditam que o CHEGA é a única alternativa à desgraça em que o concelho se encontra. Não conheço nenhum concelho nos Açores com tanto potencial e, ao mesmo tempo, tão abandonado e mal gerido como o da Praia da Vitória.
APROXIMAM-SE AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS. COM A REALIDADE ELEITORAL JÁ CONHECIDA E COM O QUE CONHECE DO TERRENO, QUAIS PODERÃO SER AS ASPIRAÇÕES DO CHEGA NOS AÇORES? GANHAR CÂMARAS, FREGUESIAS? SE SIM, EM QUAIS DEPOSITAM MAIORES EXPECTATIVAS?
O CHEGA vai tentar concorrer ao maior número possível de câmaras e a algumas freguesias. Não será possível concorrer a muitas freguesias devido ao clima de medo e intimidação que se criou na sociedade açoriana — algo vergonhoso. A “máquina do Estado” é demasiado poderosa e continua a ser a maior fonte de emprego e de benesses para os amigos nos Açores.
As pessoas votam no CHEGA, mas têm receio de dar a cara nas listas por medo de represálias. Infelizmente, não vivemos nos Açores uma democracia plena. Tanto o PS como o PSD continuam a praticar uma política de troca de favores com muitos caciques espalhados pela máquina do Estado, incluindo centenas de instituições subsídio-dependentes onde o silêncio é premiado.
No entanto, eu próprio sou candidato à Câmara Municipal da Praia da Vitória e acredito que há condições para o CHEGA alcançar um resultado histórico — ou até mesmo ganhar a Câmara e a Assembleia Municipal. É já uma certeza que, nestas eleições autárquicas, o CHEGA vai crescer em relação às anteriores — disso, já ninguém duvida. O apoio que sentimos nas ruas é avassalador.
NAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS NACIONAIS, OS RESULTADOS NOS AÇORES INDICAM QUE O PS E A COLIGAÇÃO PERDERAM EM CONJUNTO QUASE 13.000 VOTOS, SENDO QUE O PS PERDEU MESMO UM DOS SEUS DOIS DEPUTADOS. O QUE SIGNIFICAM PARA SI ESSES RESULTADOS, CONJUGADOS COM OS RESULTADOS DO SEU PARTIDO?
Significa algo óbvio: o CHEGA foi buscar eleitorado a vários partidos. Apesar de ser um partido com uma ideologia bem vincada, é, acima de tudo, um partido de causas e das pessoas. Não estamos aqui para agradar a todos nem para prometer uma coisa em campanha e fazer outra na governação ou no parlamento. Os eleitores reconheceram o nosso trabalho, perceberam que as nossas causas são justas e corajosas e que falamos a verdade — doa a quem doer. E tem doído a muita gente. Basta ver a quantidade de artigos de opinião na comunicação social e nas redes sociais a insultar o CHEGA.
Um caso paradigmático foi o de um outdoor que fizemos com a imagem de uma porca e o slogan “A mama tem de acabar”. Por incrível que pareça, vários “mamões” vieram a público criticar violentamente essa mensagem, o que para nós foi uma enorme satisfação. Mas como esta é uma terra pequena, toda a gente sabe quem são esses mamões, quem anda a ser contratado para gabinetes de secretários e diretores regionais sem qualquer competência, quantos empregos artificiais foram criados para comprar votos, quantos concursos públicos foram manipulados para favorecer amigos e compadres.
O PS e o PSD continuam com os mesmos vícios de há 50 anos, e as pessoas estão fartas destes partidos — por mais que a comunicação social os venere.
O CHEGA COSTUMA SER TRATADO POR MUITOS ANALISTAS COMO UM PARTIDO DE EXTREMA-DIREITA, POPULISTA, RACISTA E XENÓFOBO. CONTRARIA ESTE DISCURSO?
Não só não me identifico com essas acusações, como considero esse discurso profundamente mentiroso e difamatório. Trata-se de uma narrativa de ódio contra o CHEGA, alimentada pela extrema-esquerda, por jornalistas e pelos chamados “analistas” avençados do sistema.
Relativamente à acusação de “populismo”, o CHEGA mantém desde sempre o seu discurso contra a corrupção, o compadrio e a imigração descontrolada. Se controlar a imigração e defender as fronteiras de Portugal é racismo e xenofobia, então todo o mundo é racista e xenófobo — pois até para entrar na Venezuela ou na Coreia do Norte é preciso cumprir regras.
Portugal tornou-se num país de portas escancaradas para todo o tipo de imigração, incluindo a entrada de criminosos e até potenciais terroristas. A governação socialista de António Costa transformou este país numa vergonha e num embaraço para os nossos parceiros europeus.
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