CHEGA QUESTIONA GADO VIVO RETIDO HÁ SEMANAS NO PICO E GRACIOSA

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Há semanas que mais de duas centenas de cabeças de gado bovino estão retidas nas ilhas do Pico e Graciosa, por falta de transporte marítimo para que cheguem ao continente. Uma situação que está a deixar os produtores de gado bovino sem opções para manter os animais, colocando em causa o seu rendimento.

Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa Regional, o Grupo Parlamentar do CHEGA Açores quer respostas sobre esta situação, uma vez que existem três companhias de navegação que operam nos Açores. Neste sentido, os deputados querem saber quais companhias de navegação fazem o transporte de bovinos vivos e porque razão não tem sido escoado o gado vivo que se encontra retido há semanas á espera de transporte.

“O Governo Regional tem conhecimento do número de bovinos vivos que se encontram retidos, nomeadamente na Graciosa e Pico, por falta de transporte para o continente?”, questionam os parlamentares que querem também saber se o Governo Regional dos Açores tem feito algumas diligências junto das companhias de navegação para resolver o problema.

Os deputados do CHEGA querem também saber se as companhias que fazem transporte de bovinos vivos se podem recusar a embarcar os animais e quais as razões, previstas na lei, para haver essa recusa.

“O CHEGA quer explicações sobre esta situação. É inadmissível os animais estarem há semanas para saírem das nossas ilhas para o continente e ninguém se responsabiliza”, afirma o deputado Francisco Lima. Para o parlamentar, “as companhias de navegação que operam nos Açores têm lucros milionários, não investem no serviço e deixam os nossos empresários e produtores à mercê da sua sorte. Isto é inadmissível e o Governo Regional tem de começar a impor sanções para que situações como esta não se voltem a repetir”.

Francisco Lima reforça que os Açores precisam de ter transportes marítimos “eficazes e eficientes” que garantam previsibilidade e que permitam escoar os produtos regionais. “De nada serve termos três companhias de navegação, quando todas praticam os mesmos preços, fazem o que bem entendem e não são chamadas à responsabilidade. Isto tem de acabar, porque a economia dos Açores depende dos transportes marítimos, mas não pode depender da boa vontade das empresas que fazem este transporte. Estas empresas recebem para prestar este serviço e os Açores continuam a ser mal servidos”, concluiu.