Na Europa, e em particular em Portugal, incluindo os Açores, somos reféns de uma burocracia sufocante. Vivemos num sistema tão enredado em formalidades e exigências que qualquer tentativa de desenvolvimento se transforma num verdadeiro “Calvário”.
É incompreensível que, num tempo em que tanto se fala de inovação, empreendedorismo e crescimento económico, continuemos atolados em leis sobre leis, regulamentos sobre regulamentos, que apenas dificultam a vida a quem quer avançar com um projeto. Seja para construir uma simples sala de ordenha, erguer uma habitação, abrir um negócio ou fazer qualquer outra iniciativa, o cidadão comum enfrenta um pesadelo.
A verdade é dura: a burocracia excessiva é terreno fértil para a corrupção. Quando o processo legítimo é tornado quase impossível, muitos desistem ou acabam por ceder a esquemas paralelos, os famosos “envelopes”, para conseguir aquilo que, por direito, devia ser célere, claro e acessível.
Esta “burrocracia”, e o trocadilho não é inocente, tem afastado investimentos, travado sonhos e destruído oportunidades. Enquanto isso, poucos lucram com a lentidão do sistema, alimentando-se da inércia e das dificuldades impostas aos outros.
É urgente romper com esta teia que não serve o bem comum. Precisamos de um sistema ágil, transparente e centrado nas pessoas. Um sistema que incentive, que apoie, que simplifique. CHEGA de penalizar quem quer fazer acontecer, em nome de processos que não servem senão para alimentar a estagnação.
CHEGA de complicar. É tempo de libertar os Açores e Portugal das amarras de uma burocracia que já passou há muito do aceitável.